Colômbia expulsa 59 venezuelanos por suposto vandalismo durante protestos
De acordo com a polícia, os venezuelanos foram expulsos por "gerar vandalismo e violência" em Bogotá durante as manifestações contra o governo de Iván Duque
EFE
Publicado em 25 de novembro de 2019 às 12h11.
Bogotá — As autoridades da Colômbia expulsaram, nesta segunda-feira, 59 venezuelanos acusados de realizar atos de vandalismo em Bogotá durante os primeiros dias de manifestações em massa contra o governo do presidente Iván Duque.
Em uma operação realizada pela polícia e Migração da Colômbia, os detidos foram levados para o Comando Aéreo de Transporte Militar de Bogotá (Catam), de onde voaram para Inírida, capital do departamento de Guainía.
Nessa cidade, as 59 pessoas serão levadas em um navio da Marinha para a cidade de San Fernando de Atabapo, na Venezuela, onde serão entregues às autoridades de seu país.
A polícia explicou que os venezuelanos foram expulsos por "gerar vandalismo e violência" em Bogotá durante as manifestações que sacudiram a Colômbia por quatro dias, um movimento de cidadãos que vem ganhando força a cada dia através de convocações pelas redes sociais e voltará às ruas hoje.
Por sua parte, o diretor de Migração da Colômbia, Christian Krüger Sarmiento, disse a jornalistas que as autoridades não permitirão que "qualquer cidadão estrangeiro afete nossa tranquilidade".
"Respeitamos sua participação nas passeatas, estendemos as mãos para aqueles que, como o povo venezuelano, precisavam. Mas o que não vamos tolerar é que um grupo de desajustados afete a segurança de nossas cidades, gerando, de passagem, surtos de xenofobia", afirmou.
Os protestos no país começaram na última quinta-feira, quando os colombianos saíram às ruas das principais cidades para protestar contra a rejeição do governo à sua intenção de fazer uma reforma trabalhista e previdenciária que poderia prejudicar os trabalhadores.