O líder do partido conservador israelense, Benjamin Netanyahu (Getty Images/Getty Images)
A coalizão liderada pelo partido conservador Likud, do ex-primeiro-ministro israelense e líder da oposição Benjamin Netanyahu, obteve a maioria dos assentos na Knesset, o Parlamento de Israel nas eleições realizadas na última segunda-feira, 31. Com esse resultado, "Bibi", como é popularmente conhecido o ex-chefe do Executivo, poderá a liderar um novo governo.
Com 97% dos votos apurados, o bloco da direita conquistou 65 deputados dos 120 assentos do Legislativo israelense. De acordo com os últimos resultados, o Likud ganhou 31 assentos, além dos 14 do partido de extrema-direita Sionismo Religioso e dos dois partidos ultraortodoxos Shas (12) e Torá Unida no Judaísmo (8). .
No campo oposto, o partido centrista laico Yesh Atid, do primeiro-ministro interino Yair Lapid, se tornou a segunda força no parlamento, com 24 deputados. Seguido pela Unidade Nacional de Benny Gantz (12), pelo partido nacionalista laico Yisrael Beitenou de Avigdor Lieberman (5), pelo partido árabe Ra'am (5) e pelo Partido Trabalhista (4). O partido árabe Hadash-Ta'al, fora das duas coalizões, recebe 5 deputados.
Por enquanto, o histórico partido de esquerda Meretz e o partido árabe Balad permanecem abaixo da cláusula de barreira de 3,25% e, portanto, estão fora da Knesset. Seus votos aumentarão a vantagem da coalizão liderada por Netanyahu. Entre as preferências eleitorais que ainda devem ser apuradas estão os 500 mil votos por correspondência de soldados, diplomatas e presos.
"Estamos perto de uma grande vitória", declarou Netanyahu falando para apoiadores que saíram às ruas para comemorar os resultados, "Recebemos um grande voto de confiança do povo israelense". O líder político prometeu ''um governo nacional estável'', em um discurso que foi interrompido várias vezes por partidários do Likud, que o chamaram de ''Bibi, o rei de Israel''.
Segundo o primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mohammed Shtayyeh, os primeiros resultados das eleições israelenses são “uma demonstração de que os palestinos não têm um parceiro a favor da paz em Israel”. Segundo a agência de notícias palestina Maan, Shtayyeh disse que "os resultados das eleições do Knesset são um resultado natural do aumento do extremismo e do racismo na sociedade israelense".
O primeiro-ministro palestino declarou que o “avanço dos partidos religiosos de extrema direita nas eleições israelenses” são “um testemunho da ascensão do extremismo e do racismo na sociedade israelense e que nosso povo sofre há anos”.