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Coalizão anti-Trump diz que está comprometida com acordo do clima

"Existe uma tradição não partidária de proteger nosso planeta", disse James Brainard, prefeito republicano da cidade de Carmel, em Indiana

Trump: o presidente americano disse em junho que se retirará do Acordo de Paris (Mike Theiler/Reuters)

Trump: o presidente americano disse em junho que se retirará do Acordo de Paris (Mike Theiler/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de novembro de 2017 às 15h42.

Bonn - Uma coalizão de cidades, empresas e outros grupos norte-americanos disse nesta quinta-feira que muitos nos Estados Unidos continuam comprometidos com o acordo do clima de Paris de 2015, apesar dos planos do presidente Donald Trump de retirar os EUA do pacto global.

A coalizão "ainda estamos dentro" montou um pavilhão de 2.500 metros quadrados diante de um centro de convenções em Bonn, na Alemanha, onde delegados de quase 200 nações estão acertando os detalhes do pacto que visa acabar com a era dos combustíveis fósseis até 2100.

Em contraste, o escritório da delegação dos EUA presente para as conversas só tem 100 metros quadrados.

"Existe uma tradição não partidária de proteger nosso planeta", disse James Brainard, prefeito republicano da cidade de Carmel, em Indiana, no evento de abertura. "É uma infelicidade termos nos distanciado disso".

Trump, que duvida das principais descobertas científicas segundo as quais o aquecimento global é causado primariamente por gases de efeito estufa gerados pelo homem, disse em junho que se retirará do Acordo de Paris e incentivará as indústrias norte-americanas de carvão e petróleo.

Estados, cidades, universidades, grupos religiosos e ativistas ambientais do movimento "ainda estamos dentro" pretendem mostrar aos delegados de outras nações presentes nas conversas da Organização das Nações Unidas (ONU) entre 6 e 17 de novembro que muitos norte-americanos estão trabalhando para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

A coalizão afirma que seus signatários representam mais de 130 milhões de norte-americanos e 6,2 trilhões de dólares de produção econômica anual.

Fiji, que está presidindo as conversas da ONU, saudou a coalizão por ser o "exemplo perfeito" de como o Acordo de Paris almeja ampliar a ação para além dos governos nacionais.

"Tenho fé de que coalizões como a de vocês aumentarão, porque são nobres e inspiradoras", disse Inia Seruiratu, ministro da Agricultura e da Administração de Desastres de Fiji, na reunião.

E Jeff Moe, diretor de divulgação de produtos da Ingersoll-Rand, disse que a empresa está procurando cortar pela metade suas emissões de gases de efeito estufa.

O pavilhão da "ainda estamos dentro" é financiado por Bloomberg Philanthropies, Fundação Hewlett e NextGen America.

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