Parentes das vítimas do voo MH370 choram durante protesto em frente à embaixada da Malásia em Pequim (REUTERS/Kim Kyung-Hoon)
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2014 às 21h05.
Pequim/Kuala Lumpur - A busca pelo avião da Malásia que desapareceu há 18 dias foi retomada na quarta-feira (horário local) no sul do oceano Índico para encontrar destroços que possam desvendar o mistério de por que o avião caiu em águas tão distantes de sua rota original.
Uma dúzia de aeronaves da Austrália, Estados Unidos, China, Japão e Coreia do Sul irá vasculhar o mar cerca de 2.500 quilômetros a sudoeste de Perth, disse a Autoridade de Segurança Marítima Australiana. O mau tempo nesta terça-feira obrigou a suspensão da operação.
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou nesta semana que o voo MH370 operado pela Malaysia Airlines, que desapareceu enquanto voava de Kuala Lumpur para Pequim em 8 de março, havia caído no sul do oceano Índico.
Citando análises de dados de satélite da empresa britânica Inmarsat, ele disse que não havia dúvida de que o Boeing 777 caiu em um dos lugares mais remotos da Terra, admitindo implicitamente que todas as 239 pessoas a bordo morreram.
"Nós continuamos buscando até que não haja absolutamente nenhuma esperança de encontrar alguma coisa", disse o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, è emissora australiana Nine Network Television na quarta-feira. "Claramente há um pouco de detritos nesta parte do sul do oceano Índico. Já fotografamos eles em várias ocasiões." Embora numerosos objetos flutuantes tenham sido vistos por imagens de satélite e aeronaves de reconhecimento na zona de busca, nenhum deles foi positivamente identificado como sendo do jato desaparecido.
A recuperação dos destroços poderia ajudar a descobrir por que o avião desviou sua rota. As teorias vão de sequestro a sabotagem, ou um possível suicídio de um dos pilotos, mas os investigadores não descartam problemas técnicos.
Um navio da Marinha australiana está voltando à área depois de ter sido impossibilitado de navegar por causa de ventos fortes e ondas de 20 metros nesta terça-feira, enquanto um navio quebra-gelo da China e outros navios da Marinha chinesa estão a caminho da área de busca.