Mundo

Clima fica tenso no julgamento de Deborah Guerner e Leonardo Bandarra

Após proclamação da decisão, houve troca de farcas entre membros da advocacia

Por 9 votos a 1, o CNMP decidiu pela demissão de Guerner e Bandarra por vantagem indevida dada ao ex-governador do DF (Divulgação/CNMP)

Por 9 votos a 1, o CNMP decidiu pela demissão de Guerner e Bandarra por vantagem indevida dada ao ex-governador do DF (Divulgação/CNMP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2011 às 15h17.

Brasília – O julgamento de Leonardo Bandarra e Deborah Guerner no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) terminou com troca de farpas entre membros da advocacia. Após proclamação da decisão que demitiu os promotores de suas funções, o ex-advogado de Deborah Guerner, Paulo Sérgio Leite Fernandes, censurou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, por ter se posicionado contra os promotores antes de o CNMP se manifestar.

Fernandes não é o advogado oficial da promotora desde o dia 5 de maio. Ele deixou o caso dias após o episódio em que Deborah e o marido foram presos por terem forjado evidências para que ela fosse considerada louca perante juntas médicas. Entretanto, como a promotora ainda não nomeou outro advogado para defendê-la, ele atua no caso até o final desta semana. Na próxima quinta-feira (19), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidirá se abre processo criminal contra Deborah Guerner e Bandarra.

Hoje, na sessão do CNMP, ao pedir a palavra, Fernandes afirmou que Cavalcante deixou a defesa “desnutrida” por ter se manifestado pela condenação dos acusados antes de a corte falar. “O senhor representa 700 mil advogados, mas os representou deixando enfraquecida a reunião de advogados que pretendia exercer contraditório pleno”, criticou o advogado, que disse que vai levar a discussão para o Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente da OAB pediu a palavra para afirmar que não teme a censura ou futuros questionamentos e disse que o CNMP fez cumprir o preceito de que todos são iguais perante a lei. “Todos que estiveram aqui sempre viram que defendi o exercício da defesa, mas isso não quer dizer que a OAB está obrigada a defender o fato. Cabe ao advogado fazê-lo. A Ordem funciona como fiscal da sociedade para fazer prevalecer a Constituição e não o interesse do advogado”, disse Cavalcante.

Acompanhe tudo sobre:DireitosFraudesJustiça

Mais de Mundo

Kamala e Trump dizem que estão prontos para debate e Fox News propõe programa extra

Eleições nos EUA: como interpretar as pesquisas entre Kamala e Trump desta semana?

Eventual governo de Kamala seria de continuidade na política econômica dos EUA, diz Yellen

Maduro pede voto de indecisos enquanto rival promete 'não perseguir ninguém' se for eleito

Mais na Exame