Urso Polar, espécie à deriva no mar das mudanças climáticas (Greenpeace)
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2015 às 20h05.
Oslo - Governos deveriam lidar com as mudanças climáticas tão seriamente quanto tratam ameaças à segurança nacional ou à saúde pública, olhando mais para os piores cenários que podem surgir por conta das crescentes temperaturas, disse um relatório internacional nesta segunda-feira.
Colheitas fracassadas, ondas de calor extremo ou maiores níveis do mar podem ser tão danosos que os governos devem examinar até mesmo as menores possibilidades de impactos severos, de acordo com um estudo feito por cerca de 60 especialistas de 11 países.
“O risco das mudanças climáticas deve ser acessado da mesma forma que o risco à segurança nacional ou à saúde pública”, disseram os especialistas de países como Grã-Bretanha, Estados Unidos, China, Rússia e Índia.
“Quando pensamos em manter nossos países seguros, sempre consideramos os piores cenários”, disse a ministra britânica do gabinete de Relações Exteriores, Joyce Anelay, cujo governo estava entre os patrocinadores do relatório, em comunicado. “Isso é o que guia nossas políticas de não-proliferação nuclear, de antiterrorismo e de prevenção de conflitos. Temos que pensar em mudanças climáticas da mesma maneira”, disse ela.
Muito frequentemente, os riscos apresentados pelas mudanças climáticas são vistos de uma forma restrita, “como se fossem uma previsão do tempo de longo prazo”, disse ela.
Quase 200 governos se encontrarão em Paris em dezembro para tentar fechar um acordo global a fim de desacelerar as mudanças climáticas.
O estudo disse que relatórios da ONU sobre mudanças climáticas focaram-se principalmente em altas moderadas de temperatura e raramente mencionaram os impactos que 5 graus Celsius ou mais teriam - algo menos provável, mas que seria mais danoso.