Clérigos egípcios alertam para "guerra civil" e pedem calma
Confrontos ligados às tensões políticas mataram cinco e feriram dezenas nos últimos dias, entidades culparam "organizações criminosas"
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2013 às 12h22.
Cairo - As principais autoridades religiosas do Egito advertiram nesta sexta-feira sobre uma "guerra civil" e pediram calma após a morte de um membro da governista Irmandade Muçulmana antes da realização de marchas destinados a forçar o presidente a renunciar.
"A vigilância é necessária para garantir que não caiamos em uma guerra civil", disse a instituição clerical Al-Azhar, em comunicado divulgado pela mídia estatal. A entidade culpou as "organizações criminosas" que atacaram mesquitas pela violência nas ruas. Confrontos ligados às tensões políticas mataram cinco e feriram dezenas nos últimos dias.
A Irmandade Muçulmana disse que todos os mortos eram partidários de Mursi, mas isso não pôde ser verificado de forma independente.
A antiga instituição sediada no Cairo, que tradicionalmente mantém distância da situação política, também pediu que os adversários do presidente islâmico Mohamed Mursi aceitem a oferta de diálogo em vez de continuar com os planos para manifestações.
Saudando a oferta feita por Mursi na quarta-feira para incluir a fragmentada oposição em comitês para rever a Constituição e promover a reconciliação nacional, o estudioso da Al-Azhar Hassan El-Shafei disse que a oposição deveria aceitar "para o benefício da nação, em vez de insistir no confronto".
Os líderes da oposição rejeitaram a oferta de Mursi como uma repetição de sugestões que não levam a lugar nenhum, já que a Irmandade se recusa a diluir o seu poder.
Os oposicionistas vão se reunir nesta sexta-feira na Praça Tahrir, no Cairo, local da revolução de 2011, e em outras cidades e planejam grandes comícios para o domingo, quando Mursi irá completar seu primeiro ano de mandato. A Irmandade vai reunir simpatizantes após as orações de sexta-feira perto de uma mesquita no norte do Cairo, para mostrar a sua força.
O Exército pediu a ambos os lados por uma reconciliação e alertou que poderia voltar a impor a ordem caso a violência saia de controle -- mas insiste que vai defender a democracia surgida com a revolta contra Mubarak no início de 2011.
Cairo - As principais autoridades religiosas do Egito advertiram nesta sexta-feira sobre uma "guerra civil" e pediram calma após a morte de um membro da governista Irmandade Muçulmana antes da realização de marchas destinados a forçar o presidente a renunciar.
"A vigilância é necessária para garantir que não caiamos em uma guerra civil", disse a instituição clerical Al-Azhar, em comunicado divulgado pela mídia estatal. A entidade culpou as "organizações criminosas" que atacaram mesquitas pela violência nas ruas. Confrontos ligados às tensões políticas mataram cinco e feriram dezenas nos últimos dias.
A Irmandade Muçulmana disse que todos os mortos eram partidários de Mursi, mas isso não pôde ser verificado de forma independente.
A antiga instituição sediada no Cairo, que tradicionalmente mantém distância da situação política, também pediu que os adversários do presidente islâmico Mohamed Mursi aceitem a oferta de diálogo em vez de continuar com os planos para manifestações.
Saudando a oferta feita por Mursi na quarta-feira para incluir a fragmentada oposição em comitês para rever a Constituição e promover a reconciliação nacional, o estudioso da Al-Azhar Hassan El-Shafei disse que a oposição deveria aceitar "para o benefício da nação, em vez de insistir no confronto".
Os líderes da oposição rejeitaram a oferta de Mursi como uma repetição de sugestões que não levam a lugar nenhum, já que a Irmandade se recusa a diluir o seu poder.
Os oposicionistas vão se reunir nesta sexta-feira na Praça Tahrir, no Cairo, local da revolução de 2011, e em outras cidades e planejam grandes comícios para o domingo, quando Mursi irá completar seu primeiro ano de mandato. A Irmandade vai reunir simpatizantes após as orações de sexta-feira perto de uma mesquita no norte do Cairo, para mostrar a sua força.
O Exército pediu a ambos os lados por uma reconciliação e alertou que poderia voltar a impor a ordem caso a violência saia de controle -- mas insiste que vai defender a democracia surgida com a revolta contra Mubarak no início de 2011.