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Clérigo xiita no Iraque convoca fiéis a pegarem em armas

Grão-aiatolá Ali al-Sistani pediu a seus seguidores nesta sexta-feira que peguem em armas para se defenderem de um implacável avanço dos insurgentes sunitas


	Guerrilheiros do EIIL: Militantes do EIIL capturaram mais duas cidades iraquianas durante a noite
 (Yaser Al-Khodor/Reuters)

Guerrilheiros do EIIL: Militantes do EIIL capturaram mais duas cidades iraquianas durante a noite (Yaser Al-Khodor/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 12h54.

Bagdá - O mais influente clérigo xiita do Iraque, o grão-aiatolá Ali al-Sistani, pediu aos seus seguidores nesta sexta-feira que peguem em armas para se defenderem de um implacável avanço dos insurgentes sunitas, em uma forte escalada de um conflito que ameaça se tornar uma guerra civil e, potencialmente, fragmentar o país.

Em uma rara intervenção nas orações de sexta-feira na cidade sagrada de Kerbala, uma mensagem do grão-aiatolá, a maior autoridade religiosa dos xiitas no Iraque, dizia que as pessoas têm de se unir para combater o avanço dos militantes do grupo radical Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

Militantes do EIIL capturaram mais duas cidades iraquianas durante a noite, em um avanço-relâmpago em direção ao sul do país e à capital, Bagdá, em sua campanha para recriar um califado islâmico sunita entre o Iraque e a Síria.

“As pessoas que são capazes de portar armas e combater os terroristas em defesa de seu país… devem se voluntariar para entrar nas forças de segurança para alcançar esse objetivo sagrado (de ser mártir)”, disse o xeque Abdulmehdi al-Karbalai, durante um sermão em Kerbala no qual enviou a mensagem de Sistani.

Ele disse ainda que aqueles que combaterem os militantes serão mártires. Na quinta-feira o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ameaçou lançar bombardeios contra o EIIL, numa demonstração da gravidade da ameaça dos militantes que pretendem redesenhar as fronteiras da região rica em petróleo.

Em meio ao caos, forças curdas assumiram esta semana o controle de Kirkuk, um importante centro petrolífero localizado ao lado de seu enclave autônomo, e que os curdos sempre consideraram como sua tradicional capital.

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