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Clérigo muçulmano é assassinado no Quênia

Um pregador muçulmano radical e três pessoas foram mortas a tiros quando deixavam a cidade de Mombasa, sul do Quênia

Membro das forças de segurança quenianas: autoridades temem que o assassinato do clérigo aumente a tensão na segunda maior cidade do país (AFP)

Membro das forças de segurança quenianas: autoridades temem que o assassinato do clérigo aumente a tensão na segunda maior cidade do país (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 10h28.

Mombasa - Um pregador muçulmano radical e três pessoas foram mortas a tiros na quinta-feira à noite quando deixavam a cidade de Mombasa, sul do Quênia, anunciou a polícia local.

As autoridades temem que o assassinato do clérigo aumente a tensão na segunda maior cidade do país.

O xeque Ibrahim Ismail era considerado o sucessor de Abud Rogo Mohamed, um polêmico clérigo acusado de vínculos com os insurgentes islamitas somalis shebab, que também foi assassinado em 2012 em circunstâncias similares.

Um veículo com cinco pessoas a bordo foi alvo de disparos e apenas um passageiro, Salim Abdo, sobreviveu ao ataque.

"Após os tiros, o veículo saiu da pista. Não sei como estou vivo, os outros morreram na hora", disse Abdo.

Assim como Abud Rogo, Ismail era pregador na mesquita de Masjid Musa, frequentada por muçulmanos radicais.

A morte de Rogo em agosto 2012 provocou vários dias de distúrbios em Mombasa.

Outro pregador radical, Abubaker Sharif Ahmed, conhecido como "Makaburi", acusou a polícia de ter planejado uma nova "execução pura e simples" do xeque Ibrahim Ismail.

"A polícia mata pessoas dizendo que é uma guerra contra o terrorismo, mas é uma guerra contra o islã", afirmou.

Rogo estava na lista de pessoas submetidas a sanções da ONU e dos Estados Unidos, acusado de recrutar jovens quenianos e de arrecadar fundos para os insurgentes islamitas somalis shebab, vinculados à Al Qaeda.

"Makaburi" também está na lista.

Os shebab reivindicaram o ataque de 21 de setembro contra um shopping de Nairóbi, que terminou com pelo menos 67 mortos e 39 desaparecidos.

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