Cinegrafista americano infectado pelo vírus ebola faz tratamento em Nebraska, nos Estados Unidos (Pascal Guyot/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2014 às 16h51.
Washington - O cinegrafista americano que contraiu o vírus ebola na Libéria chegou nesta segunda-feira aos Estados Unidos para se submeter a tratamento médico, noticiou a emissora NBC.
O avião transportando Ashoka Mukpo, de 33 anos, partiu no domingo da capital liberiana, Monróvia, e fez uma escala curta em Bangor (Maine, EUA), antes de levar o paciente para o Centro Médico de Nebraska, acrescentou a NBC.
'Freelancer', Mukpo tinha sido recrutado pela emissora americana NBC e estava em observação desde a quarta-feira da semana passada em um centro de tratamento contra o ebola, chefiado pela ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), a leste da capital liberiana.
O Centro Médico de Nebraska é, atualmente, um dos poucos estabelecimentos americanos com capacidade para receber pacientes afetados pelo ebola, e já atendeu e curou um médico que tinha sido contaminado por esta febre hemorrágica na Libéria.
Este é o quarto americano contaminado no país africano e o primeiro jornalista estrangeiro afetado desde o início da epidemia, que matou vários jornalistas locais.
Mukpo "está de bom humor" e, como indício positivo, consegue comer e beber sem ajuda, afirmou a jornalista especializada em temas médicos da NBC News, Nancy Snyderman.
Ele "não se sente doente", afirmou o pai do paciente, Mitchell Levy.
"Estamos realmente contentes de que seus sintomas ainda não sejam severos", disse a mãe dele, Diana Mukpo.
A presidente da NBC News, Deborah Turness, afirmou na sexta-feira passada que os integrantes da equipe que trabalhava com Ashoka Mukpo também seriam repatriados e colocados em quarentena, embora nenhum deles apresentasse sintomas da doença até o momento.
No total, seis americanos foram infectados no oeste da África com o vírus ebola, cinco dos quais foram repatriados.
O sexto, Patrick Sawyer, que também tinha nacionalidade liberiana, morreu em julho na Nigéria, após viajar para a Libéria.
A Libéria é o país mais afetado pela febre hemorrágica e concentra cerca de dois terços dos 3.300 mortos por ebola na África ocidental.