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Cidade paquistanesa vive dia "infernal" de 50,2ºC

Termômetro nas alturas estabelece o que se acredita ser um novo recorde mundial de temperatura para o mês de abril

(Paula Bronstein/Getty Images)

Vanessa Barbosa

Publicado em 3 de maio de 2018 às 16h19.

São Paulo - A última segunda-feira (30) foi "infernal" na cidade de Nawabshah, no sul do Paquistão.E não há exageros aqui. Os termômetros locais chegaram a insuportáveis 50,2 graus celsius (Cº), estabelecendo o que se acredita ser um novo recorde mundial de temperatura para o mês de abril.

Embora a previsão do tempo alertasse sobre o aumento do calor nos próximos dias, os meteorologistas não previram um  fenômeno tão extremo.

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“Nós emitimos previsões sobre o calor, mas não esperávamos um recorde mundial no mês de abril”, disse Ghulam Rasool, diretor geral do Departamento de Meteorologia do Paquistão, ao The Guardian.

Em decorrência do calor infernal, a cidade de 1,1 milhão de pessoas sofreu com blecautes de energia, escassez de água encanada e hospitais lotados.

O jornal The Dawn descreveu a situação em Nawabshah como "insuportável" e disse que a onda de calor causou dezenas de casos de insolação, incluindo alguns que levaram a desmaios.

Quando o corpo aquece muito rapidamente ou quando muito líquido ou sal é perdido por desidratação ou sudorese, as doenças relacionadas com o calor podem se desenvolver.

Elas podem variar de simples cãibras e exaustão até insolações mais graves e mesmo causar mortes. A população mais vulnerável é constituída por idosos e doentes sem assistência e que vivem em ambientes insalubres.

Em entrevista ao Washignton Post, o especialista em extremos climáticos Christopher Burt classificou a temperatura como a mais alta já verificada na Terra para o mês de abril.

Talvez não seja possível comprovar isso tendo em vista que a Organização Meteorológica Mundial não realiza revisões oficiais de extremos mensais de temperaturas. Porém, um representante da organização afirmou que confia nas projeções de Burt.

Cada vez mais pesquisas sugerem que as temperaturas e ondas de calor continuarão sua marcha ascendente conforme as mudanças climáticas progridem, levando a mais problemas de saúde relacionadas ao calor, secas e miséria.

No ano passado, o Iraque foi listado entre os 10 países mais vulneráveis às mudanças climáticas.Em 2015, uma mega onda de calor matou nada menos do que 1,2 mil pessoas no sul do país e hospitalizou mais de 40 mil.

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