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Cidade colombiana adotará "maconhômetro"

O "maconhômetro" é um dispositivo similar ao bafômetro, usado para identificar se um motorista consumiu maconha, ou outro alucinógeno

Maconha: basta um sopro no aparelho para detectar se a pessoa consumiu drogas (Pablo Porciuncula/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 06h07.

O "maconhômetro", um dispositivo similar ao bafômetro, usado para identificar se um motorista consumiu maconha , ou outro alucinógeno, será implementado na localidade caribenha de Soledad, norte da Colômbia - informaram as autoridades nesta terça-feira.

O aparelho, que ainda está em "processo de socialização" para ser conhecido pelos moradores locais, avaliará se a pessoa consumiu maconha até oito horas antes de dirigir.

Segundo Wilfrido Coronado, diretor de Trânsito de Soledad, no departamento de Atlântico (norte), basta um sopro no aparelho para detectar se a pessoa consumiu drogas.

Se a medida for oficializada, Soledad será o primeiro município do país a aplicar o uso do "maconhômetro".

Na Colômbia, o consumo de maconha nas vias públicas e sua comercialização são proibidos.

A posse de doses de até 20 gramas, para uso próprio, está descriminalizada desde 2012, quando a Corte Constitucional ratificou uma sentença de 1994 sobre o tema.

São Paulo - Nessa semana, o presidente uruguaio José Mujica fez história ao assinar uma lei que criava um mercado legal de maconha no país. Considerando que a criminalização da droga e o combate ao tráfico são ineficazes, o Uruguai foi o primeiro país no mundo a legalizar a erva e colocar o controle da produção e venda nas mãos do Estado. Com a decisão, a discussão sobre a cannabis voltou ao centro das atenções - e outros governos já começam a pensar a respeito, indicando que novos mudanças na questão podem vir em um futuro próximo. Recentemente, o site Weed Blog postou um mapa colaborativo onde pontua, no Google Maps, mais de 40 países que estão, ao menos, discutindo e repensando a questão.  Veja a seguir oito países que, depois do Uruguai, estão discutindo a questão da legalização:
  • 2. Estados Unidos

    2 /9(Ron Wurzer/Getty Images)

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    Os Estados Unidos talvez sejam o país que levantam de maneira mais fervorosa a bandeira do combate às drogas - principalmente contra a maconha. Mas as coisas estão mudando lentamente. Desde 1996, cerca do metade dos estados passou a permitir o uso medicinal da erva. Recentemente, o Colorado se tornou o primeiro estado americano a legalizar o uso recreativo, com venda controlada pelo governo. Resultado: mais de 3,5 milhões de dólares arrecadados em impostos. Nova York também passou a permitir o seu uso medicinal e científico.
  • 3. Holanda

    3 /9(Luis Acosta/AFP)

  • A Holanda tem o histórico mais antigo de liberdade em relação à maconha: desde os anos 1970 existem os famosos coffee shops. Apesar de, em 2012, o governo ter tomado medidas no sentido da repressão - fechando coffee shops e restringindo à venda da maconha para os turistas, por exemplo -, cerca de 35 prefeitos estão organizados e pedem a legalização do cultivo da erva pelos holandeses.
  • 4. Marrocos

    4 /9(Andres Stapff/Reuters)

    Até os anos 1950, era legal cultivar maconha no Marrocos . Agora, com a erva na ilegalidade, apesar do país ser um grande produtor de maconha e haxixe, dois partidos políticos querem a "relegalização" do cultivo para uso médico e industrial.
  • 5. México

    5 /9(Jonathan Alcorn/Reuters)

    O México não vivencia grandes ondas de pressão pela legalização ou regularização da maconha - mesmo que dezenas de milhares tenham morrido na guerra às drogas nos últimos sete anos. Mas, na capital Cidade do México, foram propostas leis para permitir que certas lojas vendam até 5 gramas da erva. O prefeito da capital apoia a ideia, mas o governo federal desaprova. Ainda assim, pequenas quantidades de maconha e outras drogas foram descriminalizadas em 2009.
  • 6. Jamaica

    6 /9(Sean Gallup/Getty Images)

    Na Jamaica , até mesmo a posse da erva continua ilegal. Mas, geralmente, o indivíduo é obrigado a passar por reabilitação e pagar uma fiança para não ser preso. Desde os exemplos do Colorado e do Uruguai, muitos ativistas no país estão pressionando o governo para aprovar a descriminalização da cannabis.
  • 7. Guatemala

    7 /9(Getty Images)

    O presidente do país, Otto Perez Molina, já falou na ONU que a guerra às drogas falhou. Ele sabe do que está falando, já que seu país é um ponto estratégico na rota da cocaína no mundo. Ele anunciou, na ocasião, que a Guatemala estava estudando o assunto depois de ver exemplos "visionários", como os de Colorado e Washington, nos Estados Unidos.
  • 8. Brasil

    8 /9(NELSON ALMEIDA/Getty Images)

    No Brasil são cada vez mais frequentes as "Marchas da Maconha", que pedem a legalização da droga. O uso pessoal não é considerado crime, sim o transporte e o tráfico da droga. Atualmente, o grande debate é sobre a fragilidade da lei, que não deixa claro quanto de maconha é considerado uso pessoal e quanto já é considerado tráfico. Cabe ao juiz essa decisão, dando margem para subjetivismos e, por consequência, erros. O país tem como principal figura política a favor do "fim da guerra às drogas" o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso .
  • 9. Agora veja quem aprova e quem desaprova a erva

    9 /9(David McNew/Getty Images)

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