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Cidadãos de países muçulmanos detidos em aeroportos dos EUA

Medida proíbe a entrada nos Estados Unidos de viajantes procedentes de sete países de maioria muçulmana

Aeroporto JFK: Medida proíbe a entrada nos Estados Unidos de viajantes procedentes de sete países de maioria muçulmana (Eduardo Munoz/Files/Reuters)

Aeroporto JFK: Medida proíbe a entrada nos Estados Unidos de viajantes procedentes de sete países de maioria muçulmana (Eduardo Munoz/Files/Reuters)

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AFP

Publicado em 28 de janeiro de 2017 às 15h39.

As autoridades americanas começaram a implementar a ordem do presidente Donald Trump para impedir a entrada de muçulmanos, com vários viajantes retidos em aeroportos americanos poucas horas depois da assinatura da ordem executiva do chefe de Estado, informa a imprensa.

O jornal The New York Times destacou que agentes aeroportuários começaram a deter passageiros na sexta-feira à noite, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou a ordem executiva de fechar as fronteiras aos refugiados e imigrantes de sete países muçulmanos.

A medida suspende o programa americano de recepção de refugiados durante pelo menos 120 dias, enquanto as autoridades concretizam o futuro sistema de verificação de vistos.

Também proíbe a entrada nos Estados Unidos de viajantes procedentes de sete países de maioria muçulmana - Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen - durante 90 dias.

Durante a reforma do sistema de vistos, algumas exceções devem ser registradas em favor de pessoas pertencentes a "minorias religiosas", o que deve favorecer principalmente os cristãos.

A medida é uma das promessas mais polêmicas da campanha eleitoral. Trump afirmou que conseguiria conter a imigração procedente de vários países muçulmanos que, segundo ele, representam uma ameaça terrorista para os Estados Unidos e submeteria os viajantes destas nações a "investigações extremas".

O NYT informou que as detenções já enfrentam novos desafios legais. Os advogados de dois refugiados iraquianos, que foram retidos no aeroporto John F. Kennedy em Nova York, apresentaram um recurso para a libertação de ambos. Eles afirmam que ambos foram detidos de forma ilegal.

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