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Chuva de granizo e tornados matam seis turistas na Grécia

Dois romenos, dois tchecos e dois russos morreram na tragédia que atingiu a região da Calcídia

Tragédia: fortes tempestades de granizo e tornados também deixaram 23 feridos na região de Calcídica (AFP/AFP)

Tragédia: fortes tempestades de granizo e tornados também deixaram 23 feridos na região de Calcídica (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 11 de julho de 2019 às 10h02.

Ao menos seis turistas estrangeiros que estavam de férias no norte da Grécia morreram devido a fortes tempestades de granizo e tornados, que também deixaram 23 feridos na região de Calcídica.

Dois romenos, dois tchecos e dois russos morreram na tragédia. A imprensa local citou que um sétimo corpo foi encontrado, mas as autoridades não confirmaram se o óbito está vinculado à tempestade.

Na manhã desta quinta-feira, após a passagem da tempestade na quarta-feira à noite, o cenário era desolador nesta região turística do norte do país, onde o governo declarou estado de emergência.

Nas ruas era possível observar carros virados, árvores derrubadas, grande quantidade de lama e uma taberna destruída.

"Seis turistas morreram com este tornado", disse à AFP Charalambos Steriadis, secretário da Defesa Civil no norte da Grécia.

"Foi um fato inédito, com ventos muito fortes e tempestades violentas de granizo" completou. "Calcídica foi declarada em estado de emergência", anunciou Steriadis.

O tornado durou cerca de 20 minutos, segundo éssoas entrevistadas pela estatal de televisão ERT.

Um casal tcheco faleceu na localidade de Propontida quando o motorhome em que viajava foi arrastado pelos fortes ventos, de acordo com a polícia. Seu filho e neto ficaram feridos.

Em Kassandra, a 70 km de Tessalônica, segunda maior cidade da Grécia, um russo e o filho de dois anos perderam a vida na queda de uma árvore em um hotel.

Em uma taberna, um pequeno restaurante tradicional frequentado por dezenas de pessoas, o teto foi arrancado pelas rajadas de vento, uma tragédia que matou uma turista romena e seu filho.

De acordo com a polícia portuária, um pescador de 60 anos foi declarado desaparecido.

Dezenas de feridos leves foram levados a hospitais, informaram as autoridades.

"Quero expressar minha dor em nome de todos, choramos a perda destas almas", afirmou o ministro de Proteção dos Cidadãos, Michalis Chrisochoidis.

"Nos solidarizamos com os amigos, com todos aqueles que perderam integrantes de sua família", completou.

O ministro viajou de Atenas até a região da tragédia. Outras autoridades do novo governo grego devem visitar a área.

O primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, eleito nas legislativas de domingo, cancelou a agenda de quinta-feira para coordenar a resposta à catástrofe.

Ao menos 140 bombeiros participam nas operações de resgate. Toda a região ficou sem energia elétrica e os militares trabalham para restabelecer o sistema.

A tempestade aconteceu na região norte do país no momento em que grande parte da Grécia sofre com temperaturas de até 37 graus.

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