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Choque entre policiais e partidários de Mursi causa 3 mortes

Um jovem de 23 anos morreu em Fayum, 100 km ao sul do Cairo, em confrontos que deixaram ainda três pessoas feridas

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 20h23.

Ao menos três pessoas morreram nesta sexta-feira no Egito em confrontos entre a polícia e partidários do ex-presidente islamita Mohamed Mursi , derrubado pelo Exército em julho, informaram fontes médicas.

Um jovem de 23 anos morreu em Fayum, 100 km ao sul do Cairo, em confrontos que deixaram ainda três pessoas feridas.

Os outros dois óbitos ocorreram no Cairo, indicaram as mesmas fontes.

Manifestantes islâmicos marcharam nesta sexta-feira em várias cidades, em resposta à convocação da coalizão pró-Mursi, dirigida pela Irmandade Muçulmana, vencedora em todas as eleições realizadas desde a revolta popular de 2011.

A polícia dispersou uma marcha lançando granadas de gás lacrimogêneo em Suez, indicou a agência oficial Mena. Em Ismailiya, mais ao sul, foram registrados confrontos entre manifestantes e agentes da polícia.

As manifestações desta sexta-feira acontecem um dia antes de serem anunciados os resultados do referendo constitucional realizado esta semana, que as as autoridades egípcias apresentam como um apoio popular à queda do chefe de Estado islamita.

Ninguém duvida que o resultado da votação será positivo - 98% dos votos, segundo o jornal governamental Al Ahram -, inclusive desde antes que se realizasse.

Na noite de quinta-feira, a Presidência comemorou a "forte participação" na votação realizada na terça e na quarta-feira e mencionou em um comunicado "um belo dia para o Egito e a democracia", sem, no entanto, revelar a taxa de participação.

O porta-voz do governo, Hani Salah, havia dito na quarta-feira à AFP que as autoridades esperavam "uma taxa de participação de mais de 50%".

Segundo a agência oficial Mena, a taxa de participação foi de 39% em 20 das 27 províncias do país, incluindo as mais populosas, como a do Cairo.

O jornal do governo Al-Ahram havia indicado anteriormente que o "Sim" atingia 90%. A Constituição elaborada durante o governo de Mohamed Mursi em 2012 conseguiu 64% de "Sim", mas apenas 33% dos eleitores foram votar.

Os resultados definitivos são aguardados para a noite de sábado.

O referendo sobre a nova Constituição, uma revisão sem uma mudança maior da anterior, assemelha-se a um plebiscito popular sobre o novo homem forte do país, o general Abdel Fattah al-Sissi, que anunciou que vai se candidatar à eleição presidencial se "o povo pedir".

A coalizão favorável a Mursi - atingida por uma repressão que deixou mais de 1.000 mortos e causou milhares de prisões - denunciou a "farsa" do referendo, e convocou as novas manifestações.

Os egípcios a favor de Mursi tinham pedido um boicote ao referendo, e nenhuma campanha foi feita a favor do "Não".

A Transparência Internacional acusou as autoridades do governo de terem "estimulado abertamente" o voto pelo texto e denunciou uma "cobertura tendenciosa" da imprensa, quase que totalmente a favor das novas autoridades.

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Ao menos três pessoas morreram nesta sexta-feira no Egito em confrontos entre a polícia e partidários do ex-presidente islamita Mohamed Mursi , derrubado pelo Exército em julho, informaram fontes médicas.

Um jovem de 23 anos morreu em Fayum, 100 km ao sul do Cairo, em confrontos que deixaram ainda três pessoas feridas.

Os outros dois óbitos ocorreram no Cairo, indicaram as mesmas fontes.

Manifestantes islâmicos marcharam nesta sexta-feira em várias cidades, em resposta à convocação da coalizão pró-Mursi, dirigida pela Irmandade Muçulmana, vencedora em todas as eleições realizadas desde a revolta popular de 2011.

A polícia dispersou uma marcha lançando granadas de gás lacrimogêneo em Suez, indicou a agência oficial Mena. Em Ismailiya, mais ao sul, foram registrados confrontos entre manifestantes e agentes da polícia.

As manifestações desta sexta-feira acontecem um dia antes de serem anunciados os resultados do referendo constitucional realizado esta semana, que as as autoridades egípcias apresentam como um apoio popular à queda do chefe de Estado islamita.

Ninguém duvida que o resultado da votação será positivo - 98% dos votos, segundo o jornal governamental Al Ahram -, inclusive desde antes que se realizasse.

Na noite de quinta-feira, a Presidência comemorou a "forte participação" na votação realizada na terça e na quarta-feira e mencionou em um comunicado "um belo dia para o Egito e a democracia", sem, no entanto, revelar a taxa de participação.

O porta-voz do governo, Hani Salah, havia dito na quarta-feira à AFP que as autoridades esperavam "uma taxa de participação de mais de 50%".

Segundo a agência oficial Mena, a taxa de participação foi de 39% em 20 das 27 províncias do país, incluindo as mais populosas, como a do Cairo.

O jornal do governo Al-Ahram havia indicado anteriormente que o "Sim" atingia 90%. A Constituição elaborada durante o governo de Mohamed Mursi em 2012 conseguiu 64% de "Sim", mas apenas 33% dos eleitores foram votar.

Os resultados definitivos são aguardados para a noite de sábado.

O referendo sobre a nova Constituição, uma revisão sem uma mudança maior da anterior, assemelha-se a um plebiscito popular sobre o novo homem forte do país, o general Abdel Fattah al-Sissi, que anunciou que vai se candidatar à eleição presidencial se "o povo pedir".

A coalizão favorável a Mursi - atingida por uma repressão que deixou mais de 1.000 mortos e causou milhares de prisões - denunciou a "farsa" do referendo, e convocou as novas manifestações.

Os egípcios a favor de Mursi tinham pedido um boicote ao referendo, e nenhuma campanha foi feita a favor do "Não".

A Transparência Internacional acusou as autoridades do governo de terem "estimulado abertamente" o voto pelo texto e denunciou uma "cobertura tendenciosa" da imprensa, quase que totalmente a favor das novas autoridades.

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