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Choque entre polícia e palestinos deixa mais de 30 feridos

Enfrentamentos ocorreram no interior da Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, informou a polícia e a agência oficial palestina 'Wafa'

Quatro palestinos foram detidos e 11 policiais ficaram levemente feridos no choque (AFP/Arquivo / Ahmad Gharabli)

Quatro palestinos foram detidos e 11 policiais ficaram levemente feridos no choque (AFP/Arquivo / Ahmad Gharabli)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2012 às 18h20.

Jerusalém - Mais de 20 palestinos e 11 policiais israelenses ficaram feridos nesta sexta-feira em enfrentamentos no interior da Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, informou a polícia e a agência oficial palestina 'Wafa'.

Policiais regulares e de fronteiras entraram no recinto, terceiro lugar mais sagrado do Islã, 'após serem atacados com pedras' depois da reza muçulmana do meio-dia, a mais importante da semana.

Quatro palestinos foram detidos e 11 policiais ficaram levemente feridos no choque, disse à Agencia Efe o porta-voz policial, Micky Rosenfeld.

A agência 'Wafa' calculou em mais de 20 os palestinos feridos, alguns deles por gás lacrimogêneo e afirma que os presentes lançaram pedras e sapatos nos policiais.

Rosenfeld ressaltou que os agentes 'empregaram somente granadas com som para conter os distúrbios'. A região da Esplanada está tranquila desde o início da tarde.

Os ânimos se aqueceram na última semana em torno da Esplanada por causa da visita ao lugar que Moshé Feiglin, líder da ala mais direitista do governante partido Likud de Benjamin Netanyahu, tentou fazer no domingo passado.

A polícia impediu a passagem de Feiglin pelo risco de distúrbios, como os que aconteceram em 2000 no passeio do então líder da oposição, Ariel Sharon, e que marcaram o início da Segunda Intifada.


A iniciativa de Feiglin, anunciada com estardalhaço, foi acompanhada pela distribuição de panfletos que encorajavam a expulsão dos 'inimigos de Israel' do local, onde acredita-se que estava o Segundo Templo judeu, destruído pelo Império Romano no século I, e que uma parte do nacionalismo religioso deseja reconstruir.

'Pedimos que nem colonos, nem radicais nem soldados entrem em al-Aqsa para evitar atritos', disse nesta sexta-feira Muhamad Hussein, da autoridade religiosa encarregada do recinto, que advertiu ao governo de Netanyahu que terá que 'assumir as consequências' se a situação piorar, segundo a edição digital do jornal 'Yedioth Ahronoth'.

Na terça-feira, três palestinos foram detidos por causa de uma visita à Esplanada de um grupo de israelenses e dois dias depois foram repetidos os distúrbios, com 21 detenções e uma declaração policial de alerta máximo perante possíveis visitas provocadoras, de acordo com a agência 'Maan'. 

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