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China sugere que Brasil tenha atuação diferenciada em relação à Líbia

Os dois países também chegaram à conclusão de que pretendem ajudar o governo de transição na busca pela estabilidade na região

O ministro das Relações Exteriores Yang Jiechi: Brasil deve “ser o principal aliado da China na reconstrução da Líbia” (Feng Li/Getty Images)

O ministro das Relações Exteriores Yang Jiechi: Brasil deve “ser o principal aliado da China na reconstrução da Líbia” (Feng Li/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2011 às 08h11.

Brasília – Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e da China, Yang Jiechi, conversaram ontem (23), por telefone, e disseram que o ideal é que os países que compõem o Brics – grupo formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul – definam uma posição comum em relação às mudanças que ocorrem na Líbia. Também disseram que pretendem ajudar o governo de transição na busca pela estabilidade na região.

As autoridades chinesas informaram que o governo de seu país considera que a paz e a estabilidade deverão ser restauradas para dar início a um processo político livre. Ontem, em entrevista coletiva, Patriota disse que o Brasil espera salvaguardas do Conselho de Transição Nacional – controlado pela oposição líbia – para definir-se sobre a legitimidade do governo provisório na Líbia.

Para o chanceler da China, os países do Brics devem desempenhar um “papel protagonista” no período após o fim dos conflitos na Líbia. Segundo Yang Jiechi, o Brasil deve “ser o principal aliado da China na reconstrução da Líbia”. De acordo com o ministro chinês, a Organização das Nações Unidas (ONU) deve dar prioridade à busca da estabilidade na Líbia como “tarefa mais urgente”.

Yang Jiechi disse ainda que a ONU deve conduzir o processo de transição na Líbia em parceria com a Liga Árabe, a União Africana e outras organizações regionais. A Líbia é um dos principais parceiros econômicos da China no Norte da África. Desde fevereiro, cerca de 35 mil trabalhadores chineses foram retirados do território líbio. Com informações das agências estatal da China, Xinhuan, e pública de Portugal, Lusa.

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