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China planeja aumentar exportações para países em desenvolvimento em 2012

País tem pouca expectativa de comércio com os EUA e com a União Europeia no ano que vem, com a crise econômica

A China teve as exportações como principal motor para sustentar um crescimento anual em torno de 10% nos últimos 30 anos (Feng Li/Getty Images)

A China teve as exportações como principal motor para sustentar um crescimento anual em torno de 10% nos últimos 30 anos (Feng Li/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 14h41.

Pequim - Diante das perspectivas desanimadoras quanto ao comércio exterior com os Estados Unidos e a União Europeia, a China buscará aumentar as exportações voltadas aos países em desenvolvimento no ano que vem, anunciou nesta quarta-feira um responsável do Ministério de Comércio citado pela imprensa oficial.

De acordo com o chefe do Departamento de Comércio Exterior no citado Ministério, Wang Shouwen, 'a demanda de Europa e EUA não se recuperará significativamente' em 2012, o que apresenta um 'sério desafio' para a China, o maior exportador do mundo e que tem Washington e Bruxelas como seus principais parceiros comerciais.

Por isso, 'a China buscará exportar mais para os países em desenvolvimento', insistiu Wang, lembrando que nos últimos dois meses o crescimento das exportações nacionais sofreu uma freada significativa devido à queda da demanda internacional.

Wang, no entanto, também citou problemas internos como fatores que influenciaram essa queda das exportações, como a valorização do iuane e o aumento dos custos da mão de obra.

Por conta de tudo isso, o país aumentará o ritmo de reajuste de sua estrutura de comércio exterior, apoiando a criação de marcas, a pesquisa e o desenvolvimento, além de criar mais canais para a venda.

A China teve as exportações como principal motor para sustentar um crescimento anual em torno de 10% nos últimos 30 anos.

Apesar disso, Pequim planeja mudar esta estrutura econômica e ter em alguns anos o consumo interno como maior responsável por seu crescimento, como forma de se tornar mais resistente a crises internacionais.

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