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China pede diálogo com Coreia do Norte após sanções

Hong não quis responder se China, único aliado da Coreia do Norte, condenou o lançamento de vários mísseis de curto alcance


	Coreia do Norte: "Estamos prontos para tomar medidas e dar passos concretos com o objetivo de avançar" no reatamento das negociações
 (REUTERS/Kim Hong-Ji)

Coreia do Norte: "Estamos prontos para tomar medidas e dar passos concretos com o objetivo de avançar" no reatamento das negociações (REUTERS/Kim Hong-Ji)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2016 às 08h44.

Pequim - A China pediu nesta quinta-feira para retomar as conversas de seis lados (com as duas Coreias, Estados Unidos, Japão e Rússia) após as sanções impostas à Coreia do Norte pelo Conselho de Segurança da ONU, e cobrou uma atuação com "responsabilidade", depois de Pyongyang lançar hoje vários mísseis em resposta à punição.

"Estamos prontos para tomar medidas e dar passos concretos com o objetivo de avançar" no reatamento das negociações, que foram paralisadas por Pyongyang em 2008, disse hoje um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hong Lei, em entrevista coletiva em Pequim.

Hong não quis responder se China, único aliado da Coreia do Norte, condenou o lançamento de vários mísseis de curto alcance, em uma aparente demonstração de força após as sanções impostas pela ONU, e se limitou a pedir que "todas as partes atuem com responsabilidade para manter a estabilidade".

"Como já disse, a situação atual é complexa e delicada", enfatizou Hong, ao ser perguntado pela segunda vez se Pequim condena o lançamento dos projéteis por Pyongyang, que caíram hoje no Mar do Leste (Mar do Japão) sem causar vítimas.

Hong manteve uma postura serena e reiterou que o objetivo agora é retomar as negociações, e garantiu que a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, com o apoio da China, inclui o compromisso de resolver a crise através do diálogo a seis.

"As sanções não são um fim em si mesmas", apontou, como o governo chinês já havia dito repetidas vezes, e acrescentou que China "espera que a resolução possa ser executada plenamente e com premência".

"Enquanto isso, devem ser feitos esforços para evitar que impacte o bem-estar da população e as necessidades humanitárias dos norte-coreanos".

O porta-voz também aproveitou a ocasião para lembrar a oposição da China ao possível desdobramento do polêmico "escudo antimísseis" americano THAAD na Coreia do Sul, e urgiu a "todas as partes que atuem com cautela".

E reafirmou o compromisso da China (o principal parceiro comercial norte-coreano) com o cumprimento das sanções, depois de algumas publicações revelarem que caminhões chineses continuam entregando mercadorias à Coreia do Norte.

"A China é um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e sempre cumpriu suas obrigações e as resoluções" do organismo, defendeu o porta-voz.

"Cumpriremos também essa resolução e esperamos que todas as partes também".

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