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China e EUA entram em conflito em discussões sobre clima

A frustração entre os dois maiores emissores de carbono do mundo eclipsou uma semana de conversas da ONU que buscavam progressos no esboço de um novo pacto climático

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

Tianjin -A China reagiu neste sábado às alegações norte-americanas de que está se esquivando na luta contra a mudança climática, recorrendo à metáfora de um porco preocupado com a aparência.

A frustração entre os dois maiores emissores de carbono do mundo eclipsou uma semana de conversas da ONU que buscavam progressos no esboço de um novo pacto climático. Os negociadores avançaram um pouco na questão do financiamento, mas não conseguiram dissipar os temores de que o processo possa terminar em um impasse.

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Su Wei, veterano negociador chinês, desdenhou os comentários do enviado especial dos EUA, Todd Stern, perto do encerramento das conversas sobre o clima na cidade chinesa de Tianjin, no norte do país.

Durante as colocações que fez em uma universidade norte-americana, Stern disse que Pequim não pode insistir que as nações ricas assumam metas específicas no corte de emissões de gases de efeito estufa enquanto a China e outros grandes emergentes adotam somente metas voluntárias.

Su rebateu que as afirmações de Stern buscam se desviar do fracasso dos EUA em fazer grandes cortes no dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa causadores do aquecimento global.

Su comparou as críticas norte-americanas a Zhubajie, o porco de um clássico da literatura chinesa, que segundo um ditado popular se arruma diante do espelho.

"Eles não têm medidas ou ações próprias a mostrar, e ao invés disso criticam a China, que toma medidas e ações ativamente," disse Su sobre os Estados Unidos.

As conversas em Tianjin obtiveram um acordo mais consistente sobre fundos para países pobres atingidos pelo aquecimento global, transferências de tecnologia verde e outras medidas que pretendem preparar o terreno para conversas de alto nível em Cancún, no México, no final de novembro.

Cancún é visto como a possível pedra fundamental de um acordo no ano que vem que obrigaria os governos a reduzir a poluição dos gases de efeito estufa que ameaçam uma exacerbação do aquecimento global.

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