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China elevará meta de inflação, abrandando política

País asiático estabelecerá uma meta de cerca de 4 por cento para a inflação ao consumidor em 2011

China não pretende limitar a concessão de crédito (Cancan Chu/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2010 às 09h48.

Pequim - A China estabelecerá uma meta de cerca de 4 por cento para a inflação ao consumidor em 2011, mais que a meta de 3 por cento definida para este ano, disse o diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma nesta terça-feira, indicando que o governo deve desistir de fazer um aperto monetário agressivo.

O objetivo mais alto para a inflação é consistente com uma reportagem divulgada mais cedo pela mídia oficial, dizendo que a China pretende limitar a concessão de crédito a 7,5 trilhões de iuanes (1,1 trilhão de dólares) em 2011, teto mais generoso que o previsto por muitos profissionais de mercado.

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"As principais metas para desenvolvimento econômico e social estabelecidas pelo governo central para o ano que vem são que o PIB crescerá cerca de 8 por cento e que o índice de preços ao consumidor será limitado em cerca de 4 por cento", disse Zhang Ping, diretor da poderosa agência chinesa de planejamento, segundo a CCTV.

A meta de expansão de 8 por cento é, como nos últimos anos, algo discutível. A maioria dos economistas acredita que a segunda maior economia do mundo crescerá cerca de 9 por cento no próximo ano.

E, embora seja mais alta que a deste ano, a meta de inflação de 4 por cento não é novidade para a China. Em 2008, Pequim visou uma inflação de cerca de 4,8 por cento e, para 2009, a meta também era de 4 por cento.

Os comentários de Zhang foram a primeira declaração oficial com metas numéricas para 2011 após uma reunião anual de líderes do governo encerrada no domingo, evento essencial para estabelecer a política econômica da China para o ano que vem.

Em comunicado, os líderes deram mais ênfase à luta contra a inflação, mas também prometeram manter um equilíbrio entre estabilidade de preços e crescimento econômico.

A meta de 7,5 trilhões de iuanes para o ano que vem, mesmo valor de 2010, seria uma forma do governo assegurar que não está disposto a sacrificar o crescimento.

Uma pesquisa da Reuters com 26 economistas previu que Pequim reduziria a meta de 2011 para 7 trilhões de iuanes.

A maioria dos entrevistados pela pesquisa também estima que o banco central chinês elevará o juro antes do fim do ano e duas vezes mais em 2011, parte de uma campanha para conter a inflação. Em novembro, os preços ao consumidor da China atingiram o maior nível em 28 meses, subindo 5,1 por cento.

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