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China e Rússia são contra sanções mais duras à Coreia do Norte

Os dois países formaram hoje no Conselho de Segurança da ONU uma frente comum contra a proposta dos EUA

Coreia do Norte: "Todos devemos saber que as sanções não vão resolver a questão", disse o embaixador-adjunto da Rússia (Toru Hanai/Reuters)
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EFE

Publicado em 5 de julho de 2017 às 19h16.

Nações Unidas - A China e a Rússia discordaram nesta quarta-feira da proposta dos Estados Unidos de impor sanções mais duras à Coreia do Norte e pediram ao governo norte-americano para trabalhar em uma solução negociada para a atual crise.

Os dois países formaram hoje no Conselho de Segurança da ONU uma frente comum contra a proposta dos EUA, que anunciou que apresentará um projeto de resolução para endurecer as sanções à Coreia do Norte como resposta ao teste de um míssil balístico intercontinental realizado pelo regime de Kim Jong-un.

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"Todos devemos saber que as sanções não vão resolver a questão", disse o embaixador-adjunto da Rússia na ONU, Vladimir Safronkov, durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança.

Safronkov classificou como "inaceitável" qualquer tentativa de estrangular economicamente a Coreia do Norte, lembrando que milhões de pessoas têm grandes necessidades humanitárias no país.

As declarações do representante russo foram uma resposta ao discurso da embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, que pediu um endurecimento das sanções contra Pyongynag e ameaçou com restrições comerciais os países que façam negócios com o regime norte-coreano.

Contra a postura da Casa Branca, a China e a Rússia voltaram a defender a proposta de que a Coreia do Norte suspenda seus testes nucleares e de mísseis em troca de que os EUA e a Coreia do Sul façam o mesmo com as manobras militares conjuntas na região.

"Pedimos todas as partes a mostrar moderação, a evitar ações provocadoras, a mostrar vontade para um diálogo incondicional e a trabalhar lado a lado para reduzir a tensão", disse o embaixador da China na ONU, Liu Jieyi.

Os dois países consideraram o teste norte-coreano como inaceitável, mas também criticaram a instalação de um escudo antimísseis dos EUA na Coreia do Sul.

No fim do debate no Conselho de Segurança, Haley respondeu às declarações de russos e chineses, dizendo que se opor às sanções é "dar as mãos para Kim Jong-un".

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