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China e Coreia do Sul pedem mais negociações entre EUA e Coreia do Norte

O presidente da China, que recebeu Kim em Pequim, disse esperar que os EUA e a Coreia do Norte possam "se encontrar no meio do caminho"

Presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, durante cúpula em Singapura (Kevin Lim/The Straits Times/Reuters)
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Reuters

Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 09h49.

Seul/Xangai - A China e a Coreia do Sul pediram que os Estados Unidos e a Coreia do Norte façam concessões antes de uma possível segunda cúpula entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente dos EUA, Donald Trump, sugerindo que uma campanha de pressão norte-americana para a desnuclearização da Coreia do Norte pode ser amenizada.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse nesta quinta-feira que pode cooperar com a comunidade internacional para ao menos reduzir as sanções para permitir alguns negócios e empreendimentos de turismo entre as duas Coreias, apesar de depois afirmar que Pyongyang precisará tomar "passos ousados" para conquistar concessões de Washington.

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"Eu acho que a Coreia do Norte sabe que eles claramente precisam desnuclearizar para a amenização de sanções internacionais, e os Estados Unidos também entendem que precisa haver uma ação correspondente para acelerar a desnuclearização da Coreia do Norte", disse Moon a repórteres na Casa Azul, residência presidencial sul-coreana.

O presidente da China, Xi Jinping, recebeu Kim em Pequim nesta semana e disse esperar que os Estados Unidos e a Coreia do Norte possam "se encontrar no meio do caminho", segundo a mídia estatal chinesa.

A China, grande aliada da Coreia do Norte, e a Coreia do Sul, aliada dos Estados Unidos, têm sido figuras-chave em dois anos de "pressão máxima" conduzida pelos EUA mas, ambos países têm sinalizado uma crescente disposição em amenizar as sanções e melhorar os laços com Pyongyang.

A Coreia do Norte e os Estados Unidos têm enfrentado dificuldade para solucionar o impasse, apesar de Kim ter prometido, durante cúpula histórica com Trump em Cingapura em junho, em trabalhar pela desnuclearização "da península coreana".

A Coreia do Norte, que tem desenvolvido programas nucleares e de mísseis em desafio a resoluções do Conselho de Segurança da ONU, tem exigido que Washington suspenda as sanções e declare o fim oficial da Guerra da Coreia (1950-53).

As exigências foram feitas após os passos iniciais e unilaterais tomados por Pyongyang para alcançar a desnuclearização, incluindo o desmonte de sua única instalação de testes nucleares conhecida e de uma importante unidade de motores de mísseis.

A Coreia do Norte tem rejeitado pedidos por uma desnuclearização unilateral e dito que agora é hora dos Estados Unidos e da comunidade internacional fazerem concessões como a redução das sanções.

Ao invés disso, os Estados Unidos aumentaram as sanções e disseram que não irão suspender as medidas até que a Coreia do Norte dê mais passos para abrir mão de seu arsenal de armas nucleares e mísseis de longo alcance.

(Reportagem de Hyonhee Shin, em Seul, e John Ruwitch, em Xangai; Reportagem adicional de Josh Smith, Joyce Lee, Soyoung Kim e Jeongmin Kim, em Seul; Josh Horwitz, em Xangai; e Christian Shepherd, em Pequim)

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