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China diz que discutirá mudanças climáticas e outros assuntos com EUA

Oficiais do governo Biden tiveram, no Alaska, o primeiro encontro presencial com seus homólogos chineses desde que assumiram seus cargos no início deste ano

Mudança climática é vista como uma área em que as duas nações poderão colaborar. (Frederic J. Brown/Reuters)
TL

Thiago Lavado

Publicado em 20 de março de 2021 às 21h50.

A China afirmou neste sábado, 20, que concordou com os Estados Unidos em discutir mudanças climáticas e alguns outros assuntos, sinalizando um possível progresso em conversas concluídas recentemente, que foram marcadas por discussões públicas sobre assuntos que dividem as duas maiores economias do mundo.

A agência de estatal Xinhua disse que a China e os EUA decidiram criar um grupo de trabalho sobre mudanças climáticas e ter conversas para "facilitar atividades de (...) missões diplomáticas e consulares", e em assuntos relacionados aos jornalistas de ambos os países.

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As nações tiveram conflitos relacionados a vistos para jornalistas durante o governo Donald Trump, e mudança climática é vista como uma área em que elas poderão colaborar.

Altos oficiais do governo Biden tiveram, no Alaska, o primeiro encontro presencial com seus homólogos chineses desde que assumiram seus cargos no início deste ano. As conversas começaram com falas tensas e longas sobre direitos humanos em frente às câmeras de televisão, antes da reunião a portas fechadas.

A reportagem da Xinhua não deu detalhes sobre o grupo de trabalho de mudanças climáticas, apenas disse que os dois países estão comprometidos a melhorar a comunicação e a cooperação na área. A agência também afirmou que os dois lados discutiram ajustar as políticas de viagens e vistos e também arranjos recíprocos para a vacinação de seus diplomatas.

Embora a matéria tenha falado que ambos os países concordaram em conversar sobre missões consulares e jornalistas, as disputas anteriores não foram mencionadas. Os EUA ordenaram o fechamento do consulado chinês em Houston no ano passado, e a China respondeu fechando o consulado americano na cidade de Chengdu. Jornalistas chineses nos EUA e estrangeiros trabalhando para a mídia americana na China agora estão recebendo apenas permissões de três meses, aumentando a incerteza em seus trabalhos, embora as permissões venham, em geral, sendo renovadas.

 

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