China diz que clima dificulta dispersão de poluição
Poluição atmosférica praticamente paralisou uma cidade de 11 milhões de habitantes nesta semana
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2013 às 12h04.
Pequim - A luta da China contra a poluição atmosférica, problema que praticamente paralisou uma cidade de 11 milhões de habitantes nesta semana, está sendo atrapalhada pelas condições climáticas adversas, disse uma autoridade ambiental nesta terça-feira.
A qualidade do ar nas cidades chinesas é motivo de crescente preocupação para os líderes do país, já que esse problema leva as prósperas populações urbanas a se voltarem contra um modelo econômico que prioriza o crescimento acima de tudo -- mesmo que isso destrua o ar, o solo e a água.
Nos últimos anos, o governo já anunciou vários planos para combater a poluição, mas aparentemente houve poucos progressos, especialmente no norte e nordeste.
Harbin, uma fria metrópole no nordeste chinês, praticamente parou na segunda-feira quando o índice de poluição atmosférica chegou a cerca de 50 vezes o limite máximo tolerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Essa névoa severa, acima de tudo, é causada pelas condições climáticas", disse Fang Li, diretor-adjunto do departamento municipal de proteção ambiental de Pequim, a jornalistas. "No momento, as emissões poluentes totais superaram a capacidade ambiental", acrescentou ele ao apresentar novas medidas da capital chinesa para lidar com a névoa poluente.
Ele disse que no caso de Harbin a visibilidade ficou muito reduzida porque, coincidentemente, houve uma neblina forte no mesmo dia em que começou o uso da calefação invernal.
"Se você equacionar poluição pesada com calefação de inverno, então o inverno inteiro seria assim. Não é possível", afirmou.
A calefação coletiva, acionada pelo governo numa data previamente marcada, atende a 65 por cento da população de Harbin, segundo dados do ano passado citados pela imprensa estatal. Grande parte desse aquecimento vem da queima de carvão.
Em Pequim, a calefação central geralmente começa em meados de novembro. A fumaça emitida pelas usinas de calefação e pelas fábricas, os ventos do deserto do Gobi e os escapamentos de milhões de veículos muitas vezes se combinam para que a cidade passe dias coberta por uma camada de névoa. Em janeiro deste ano, o índice de poluição na capital chegou a 45 vezes o nível tolerado.
Fang disse que neste inverno boreal a prefeitura interditará obras e fábricas e proibirá fogueiras e churrascos ao ar livre se houver previsão de três dias de poluição em níveis preocupantes. Em casos excepcionais, acrescentou ele, poderá haver suspensão de aulas e restrições à circulação de veículos.
Pequim - A luta da China contra a poluição atmosférica, problema que praticamente paralisou uma cidade de 11 milhões de habitantes nesta semana, está sendo atrapalhada pelas condições climáticas adversas, disse uma autoridade ambiental nesta terça-feira.
A qualidade do ar nas cidades chinesas é motivo de crescente preocupação para os líderes do país, já que esse problema leva as prósperas populações urbanas a se voltarem contra um modelo econômico que prioriza o crescimento acima de tudo -- mesmo que isso destrua o ar, o solo e a água.
Nos últimos anos, o governo já anunciou vários planos para combater a poluição, mas aparentemente houve poucos progressos, especialmente no norte e nordeste.
Harbin, uma fria metrópole no nordeste chinês, praticamente parou na segunda-feira quando o índice de poluição atmosférica chegou a cerca de 50 vezes o limite máximo tolerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Essa névoa severa, acima de tudo, é causada pelas condições climáticas", disse Fang Li, diretor-adjunto do departamento municipal de proteção ambiental de Pequim, a jornalistas. "No momento, as emissões poluentes totais superaram a capacidade ambiental", acrescentou ele ao apresentar novas medidas da capital chinesa para lidar com a névoa poluente.
Ele disse que no caso de Harbin a visibilidade ficou muito reduzida porque, coincidentemente, houve uma neblina forte no mesmo dia em que começou o uso da calefação invernal.
"Se você equacionar poluição pesada com calefação de inverno, então o inverno inteiro seria assim. Não é possível", afirmou.
A calefação coletiva, acionada pelo governo numa data previamente marcada, atende a 65 por cento da população de Harbin, segundo dados do ano passado citados pela imprensa estatal. Grande parte desse aquecimento vem da queima de carvão.
Em Pequim, a calefação central geralmente começa em meados de novembro. A fumaça emitida pelas usinas de calefação e pelas fábricas, os ventos do deserto do Gobi e os escapamentos de milhões de veículos muitas vezes se combinam para que a cidade passe dias coberta por uma camada de névoa. Em janeiro deste ano, o índice de poluição na capital chegou a 45 vezes o nível tolerado.
Fang disse que neste inverno boreal a prefeitura interditará obras e fábricas e proibirá fogueiras e churrascos ao ar livre se houver previsão de três dias de poluição em níveis preocupantes. Em casos excepcionais, acrescentou ele, poderá haver suspensão de aulas e restrições à circulação de veículos.