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China detém dois blogueiros e intensifica repressão a boatos

Centenas de pessoas foram detidas desde agosto, de acordo com a mídia chinesa e grupos de direitos civis


	Censura na internet: últimas ações tendo blogueiros como alvo sugerem que o novo governo liderado pelo presidente Xi Jinping está expandindo a repressão aos dissidentes
 (Getty Images)

Censura na internet: últimas ações tendo blogueiros como alvo sugerem que o novo governo liderado pelo presidente Xi Jinping está expandindo a repressão aos dissidentes (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 09h11.

Pequim - A polícia chinesa prendeu um influente blogueiro e mantém um cartunista sob custódia, como parte de em uma ampla repressão à "divulgação de rumores" na internet, disseram amigos e o advogado de um deles nesta quinta-feira.

Centenas de pessoas foram detidas desde agosto, de acordo com a mídia chinesa e grupos de direitos civis, enquanto o governo intensifica sua campanha para banir rumores. A maioria dos detidos até agora foram liberados, mas alguns continuam detidos sob acusações criminais.

As últimas ações tendo blogueiros como alvo sugerem que o novo governo liderado pelo presidente Xi Jinping está expandindo a repressão aos dissidentes, embora alguns críticos tenham alertado que a medida pode ser prejudicial ao próprio Partido Comunista.

Dong Rubin, de 51 anos, que administra uma empresa de consultoria de Internet, foi preso em Kunming, no sudoeste, sob "suspeita de falsa declaração do patrimônio no registro de sua companhia", informou a agência de notícias estatal Xinhua na quarta-feira à noite.

Dong é suspeito de operar negócios ilegais e de "criar perturbações", acrescentou a Xinhua.

Na capital Pequim, o cartunista Wang Liming foi detido à meia-noite de quarta-feira e ainda não foi libertado, disse seu amigo Wu Gan à Reuters por telefone.

Wu contou que a polícia disse à namorada de Wang que o intimou depois de uma publicação em um microblog sobre uma mãe que morreu de inanição na cidade de Yuyao.

As prisões ocorrem cerca de uma mês após a China revelar duras medidas para impedir a disseminação de chamados boatos irresponsáveis, ameaçando com penas de até três anos os autores de publicações online que sejam amplamente republicadas.

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