Xi Jinping: relatório diz que presidente aderiu "ao modelo autoritário de seus antecessores" desde que assumiu (Jorge Silva/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2014 às 16h38.
Pequim - A China criticou fortemente, nesta sexta-feira, o relatório de direitos humanos produzido pelos EUA que descreve o aumento de restrições contra direitos de advogados, organizações religiosas e outros membros da sociedade civil chinesa.
O porta-voz do ministro de Relações Exteriores da China, Hong Lei, afirmou que a comissão executiva independente dos EUA na China "distorceu os fatos e atacou a China de propósito", no documento.
Divulgado na quinta-feira, o relatório dizia que o presidente chinês, Xi Jinping, aderiu "ao modelo autoritário de seus antecessores" desde que assumiu o poder, em 2013.
"Os direitos humanos e a execução das condições de lei em toda a China não melhoraram no ano passado e declinaram em algumas áreas", diz o documento.
O país tem aumentando as restrições à sociedade civil, advogados de direitos humanos, jornalistas e organizações religiosas, de acordo com o relatório.
Hong afirmou que "tais institutos deveriam ser cautelosos sobre o que dizem e fazem e deveriam se conter para não enviar sinais errados sobre eventos ilegais".
A comissão não tem autoridade para implementar políticas, mas recomendou que os EUA pressionem para que haja maior liberdade na China, incluindo mudanças na permissão de vistos a oficiais chineses.
O documento também propõe que o governo dos EUA foquem mais em Hong Kong, onde os ativistas pró-democracia estão bloqueando ruas pedindo nomeações abertas na eleição do chefe do executivo da cidade.
Fonte: Associated Press.