China acelera projeto para ter porta-aviões em 2011
Analistas dizem que a China deverá usar o equipamento para dar segurança ao transporte de petróleo no oceano Índico e nos arredores das disputadas ilhas Spratly
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2010 às 09h41.
"O período em torno de 1o de julho do ano que vem, na celebração do aniversário do Partido (Comunista) é uma possibilidade (do lançamento)", disse à Reuters uma fonte próxima à liderança do país. O Ministério da Defesa não quis se pronunciar.
O porta-aviões Varyag, que já pertenceu à União Soviética, deve ser usado inicialmente para treinamento e para testes tecnológicos, antecedendo à construção de um grupo de porta-aviões com capacidade operacional.
O Departamento de Inteligência Naval dos EUA estimava que o Varyag só seria lançado como plataforma de treinamento em 2012, e que a China terá um porta-aviões operacional, de construção própria, após 2015.
A China será o terceiro país asiático a ter um porta-aviões, depois da Índia e da Tailândia (sem contar a Rússia, que tem parte do território na Ásia). Pequim precisará adquirir equipamentos, softwares e treinamento para seus pilotos.
"A aquisição de um porta-aviões não equivale à aquisição de uma capacidade, a capacidade de usá-lo efetivamente, o que (...) pode levar décadas", disse Robert Karniol, veterano analista de defesa radicado no Canadá.
O Varyag, uma embarcação de mil pés (300 metros), está sendo reformado num estaleiro estatal em Dalian (nordeste da China), segundo fontes ouvidas pela Reuters.
Os pilotos chineses ainda precisam dominar o processo de pouso e decolagem nos porta-aviões. Vários deles estão sendo treinados, mas ainda contam com menos horas de voo do que seus pares norte-americanos.