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Chile quer que Papa convença Bolívia a parar com hostilidade

As declarações foram dadas pouco depois de Francisco ter pedido ontem, em La Paz, um diálogo "franco e aberto" para "evitar conflitos com os países irmãos"


	Chanceler do Chile, Heraldo Muñoz, pediu ao papa Francisco que Evo Morales acabe com "agressividade permanente" entre os dois países
 (Elza Fiúza/Agência Brasil)

Chanceler do Chile, Heraldo Muñoz, pediu ao papa Francisco que Evo Morales acabe com "agressividade permanente" entre os dois países (Elza Fiúza/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2015 às 07h16.

Santiago do Chile - O ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz, pediu nesta quinta-feira ao papa Francisco, que está em visita à Bolívia, que convença o governo de Evo Morales a "cessar a agressividade permanente" na disputa entre os dois países por um acesso ao mar aos bolivianos.

"O que a Bolívia pretende é afetar a integridade territorial do Chile e isso não é aceitável, como bem sabe o papa Francisco", disse o chanceler chileno.

As declarações foram dadas pouco depois de Francisco ter pedido ontem, em La Paz, um diálogo "franco e aberto" para "evitar conflitos com os países irmãos", citando o problema da saída ao mar exigida pela Bolívia ao Chile.

Sobre a solicitação do papa, o chanceler disse que o Chile sempre esteve aberto ao diálogo, algo frustrado pela Bolívia com sua reivindicação unilateral na Corte Internacional de Justiça (CIJ).

"Não negamos o diálogo, mas não podemos aceitar que se apresente como diálogo algo que não passa de uma demanda com um só resultado possível, resultado que viola um tratado válido e vigente", afirmou.

"Como disse o Vaticano, é preciso avançar a uma integração do século XXI e não ficar, como a Bolívia, no século XIX. O papa está dizendo, na realidade, que esse é um tema bilateral", concluiu o chefe da diplomacia chilena.

A Bolívia entrou com um processo contra o Chile na CIJ para que o país seja obrigado a negociar uma solução pacífica quanto ao pedido de La Paz de contar com um acesso soberado ao oceano Pacífico.

O governo chileno, no entanto, questionou a competência do tribunal da ONU para decidir sobre o assunto e aguarda que a corte se pronuncie sobre o recurso. 

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