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Chile não será governado das ruas, diz governo a estudantes

Resposta do governo foi dada aos protestos estudantis que já duram mais de nove semanas

Estudantes exigem educação gratuita e de qualidade para todos (AFP/Arquivo / Martin Bernetti)

Estudantes exigem educação gratuita e de qualidade para todos (AFP/Arquivo / Martin Bernetti)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2011 às 17h12.

Santiago - O Chile não será governado das ruas, pois o país tem uma democracia e instituições, afirmou esta sexta-feira o porta-voz do Poder Executivo, Andrés Chadwick, diante dos protestos estudantis maciços que duram mais de nove semanas.

"Temos claro que não se vai governar da rua, temos um sistema democrático, temos instituições", afirmou Chadwick, ministro secretário-geral do governo, em um encontro com jornalistas de meios de comunicação estrangeiros.

"Não visualizamos, nem vemos um Chile confrontado com violência ou falta de governabilidade", acrescentou o ministro, que voltou a instar o diálogo aos estudantes, que exigem educação gratuita e de qualidade para todos.

Depois de mais de dois meses de manifestações, o diálogo entre o governo e os estudantes está em ponto morto.

O presidente Sebastián Piñera afirmou nesta quinta-feira que "nada nesta vida é grátis", entregou duas propostas, mas foram consideradas insuficientes pelos estudantes, que preparam novas manifestações para a próxima semana.

A última delas foi celebrada na terça-feira passada, quando mais de 70.000 pessoas se reuniram em uma grande marcha, que teve um tom majoritariamente pacífico, mas que acabou em confrontos com a polícia, que deixaram quase 400 detidos.

O governo, disse Chadwick, apóia a criação de uma mesa de diálogo com os estudantes, impulsionada pelos presidentes da Câmara de Representantes e do Senado, enquanto na próxima semana deverão entrar no Parlamento os dois primeiros projetos de lei com os quais deram resposta às demandas estudantis.

Um deles busca financiar os créditos de 110.000 estudantes, enquanto o outro quer diminuir de 5,3% para 4% os juros cobrados pelos bancos particulares para créditos estudantis, com o aval do Estado.

Sobre a autorização de manifestações futuras, Chadwick disse que isto só será analisado na hora certa com os estudantes, mas que o governo agirá "com todo o rigor da lei para manter a ordem pública".

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