Mundo

Chefe militar da Otan propõe finalizar missão na Líbia

Comandante americano disse no Facebook que vai pedir o fim da ação no país

Atiradores operando a partir de helicópero na costa da Líbia, em missão da Otan: missão pode chegar ao fim em breve (Arnaud Roine/AFP)

Atiradores operando a partir de helicópero na costa da Líbia, em missão da Otan: missão pode chegar ao fim em breve (Arnaud Roine/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2011 às 12h39.

Bruxelas - O principal comandante da Otan na Europa, o general americano James Stavridis, anunciou que vai propor o fim da missão na Líbia aos países da Aliança nesta sexta-feira.

'Vou recomendar a conclusão desta missão ao Conselho do Atlântico Norte', declarou Stavridis em seu perfil no Facebook, pouco antes do início da reunião que discutirá o fim das operações em Bruxelas.

O início deste encontro estava previsto para 12h30 no horário de Brasília. Os embaixadores da Aliança tomarão uma decisão política com base no relatório apresentado pelos comandantes militares sobre como e quando terminar a missão.

De acordo com Stavridis, este é 'um bom dia para a Otan' e um 'grande dia para o povo da Líbia'.

Tudo indica que a Aliança poderia terminar as operações nesta sexta-feira mesmo, apenas um dia após a morte de Muammar Kadafi.

A organização avisou que deve fazer um comunicado sobre a Líbia por volta de 14h (horário de Brasília).

Na quinta-feira, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, já afirmou que com a queda de Bani Walid e Sirte, últimos focos de resistência do antigo regime, o momento de terminar a missão estava muito mais próximo.

Há mais de um mês a Aliança indica que terminaria em breve sua operação militar, já que o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio controlava cada vez mais o território do país e, segundo a Otan, pouco a pouco a ameaça para os civis desapareceria.

Os aliados assumiram o controle das operações internacionais na Líbia em 31 de março, com um mandato da Organização das Nações Unidas para proteger a população civil.

Em um primeiro momento, a Otan aprovou um plano de operações por três meses, que se estendeu em junho por outros 90 dias e voltou a ser prorrogado em setembro, mas já com a advertência de que a missão poderia terminar a qualquer momento.

Em 6 de outubro, os ministros de Defesa da Aliança acordaram uma série de critérios para decidir o fim da missão.

Na ocasião, eles afirmaram que a decisão levaria em conta o que aconteceria em Sirte, já nas mãos do CNT, a disposição das forças pró-Kadafi em atacar os civis, o fato de o próprio Kadafi manter o controle sobre os combatentes e com a capacidade das novas autoridades em garantir a segurança. 

Acompanhe tudo sobre:GuerrasOtanPolítica

Mais de Mundo

Kamala e Trump dizem que estão prontos para debate e Fox News propõe programa extra

Eleições nos EUA: como interpretar as pesquisas entre Kamala e Trump desta semana?

Eventual governo de Kamala seria de continuidade na política econômica dos EUA, diz Yellen

Maduro pede voto de indecisos enquanto rival promete 'não perseguir ninguém' se for eleito

Mais na Exame