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Chefe humanitário da ONU chama guerra em Gaza de 'traição à humanidade' após seis meses de conflito

Em comunicado divulgado às vésperas de seis meses de conflito entre Israel e o Hamas, Martin Griffiths apelou por uma 'determinação coletiva'.

"A cada segundo que este conflito passa, faz mais vítimas civis", disse Martin Griffiths (Belal ALSABBAGH/AFP)

"A cada segundo que este conflito passa, faz mais vítimas civis", disse Martin Griffiths (Belal ALSABBAGH/AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 6 de abril de 2024 às 13h09.

O chefe do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Martin Griffiths, descreveu, neste sábado, a guerra em Gaza como uma “traição à humanidade”. Em comunicado divulgado às vésperas de seis meses de conflito entre Israel e o Hamas, Griffiths apelou por uma "determinação coletiva".

"A cada segundo que este conflito passa, faz mais vítimas civis", disse Griffiths, que deixará o cargo no final de junho por motivos de saúde. "A cada segundo que isto continua, as sementes de um futuro profundamente obscurecido por este conflito implacável estão a ser plantadas".

A guerra começou em 7 de outubro com um ataque sem precedentes a partir de Gaza por militantes do grupo islâmico palestino, matando 1.170 pessoas no sul de Israel, a maioria civis, segundo dados de Tel Aviv. Militantes palestinos também fizeram cerca de 250 reféns israelenses e estrangeiros, dos quais cerca de 130 permanecem em Gaza, incluindo mais de 30 que os militares israelenses afirmam estarem mortos.

Israel, que prometeu destruir o Hamas, que governa Gaza, bombardeou implacavelmente a Faixa por ar, terra e mar, matando pelo menos 33.137 pessoas, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Griffiths lamentou “a perspectiva injusta de uma nova escalada em Gaza, onde ninguém está seguro e não há nenhum lugar seguro para ir”. Ele acrescentou que “uma operação de ajuda já frágil continua a ser prejudicada por bombardeios, insegurança e negação de acesso” por parte de Israel.

“Neste dia, o meu coração está com as famílias dos mortos, feridos ou mantidos como reféns, e com aqueles que enfrentam o sofrimento particular de não conhecerem a situação dos seus entes queridos”, disse ele no comunicado.

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