Chefe dos Bombeiros teme mais deslizamentos no Rio
Para José Pedro Miranda, comandante do Estado-Maior e Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, ainda é difícil estimar o número total de mortos na tragédia
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2011 às 09h17.
Rio de Janeiro - O comandante do Estado-Maior e Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, José Pedro Miranda, diz que ainda existe o risco de novos deslizamentos na região serrana do Estado. “O solo está muito encharcado, choveu muito na região. Há risco de novos deslizamentos, estamos fazendo o monitoramento das áreas”, explicou.
Ele afirma que ainda é difícil estimar o número total de mortos na tragédia. As operações de buscas das pessoas ilhadas e de possíveis sobreviventes continuam. “As informações sobre corpos encontrados não param de chegar. O comunicado oficial sobre uma morte só ocorre após a notificação oficial da entrada do corpo em óbito no Instituto Médico Legal”, explicou.
Questionado se acredita que ainda haja sobreviventes sob os escombros das casas destruídas, Miranda disse que não perdeu as esperanças. “O tempo é curto, precisamos correr contra ele. Apesar dos obstáculos, acho possível localizar vítimas com vida. Por isso o trabalho precisa ser rápido”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Mais verba
O Ministério da Saúde liberou hoje, por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União, R$ 8,9 milhões para os municípios de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, atingida por fortes chuvas nos últimos dias.
O dinheiro será destinado ao atendimento de emergência à população, diante da "potencialização de ocorrência de doenças, sobretudo as transmitidas por água, alimentos, vetores, reservatórios e animais peçonhentos". Os recursos, segundo a portaria, ficarão por conta do orçamento do ministério.
Em outra portaria publicada hoje no D.O., a Secretaria Nacional de Defesa Civil, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, reconheceu estado de emergência nos municípios de Petrópolis e Nova Friburgo e de calamidade pública em Teresópolis.