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Chefe do Hezbollah diz que não quer uma guerra com Israel

Hassan Nasrallah participou por meio de vídeo de uma homenagem aos seis milicianos do grupo mortos em 18 de janeiro em um ataque israelense nas Colinas do Golã

Hezbollah: "Não queremos a guerra (...) mas se nos impõem a guerra, não a tememos", diz líder (Khalil Hassan/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 15h14.

Beirute - O secretário-geral do grupo xiita Hezbollah , xeque Hassan Nasrallah, afirmou nesta sexta-feira que não quer começar uma guerra com Israel , em suas primeiras declarações após a escalada de violência entre o exército israelense e as milícias do movimento libanês.

"Não queremos a guerra", disse Nasrallah em discurso pronunciado em Beirute. O líder, no entanto, advertiu: "mas se nos impõem a guerra, não a tememos".

Nasrallah participou por meio de um vídeo de uma homenagem aos seis milicianos do grupo mortos em 18 de janeiro em um ataque israelense na parte síria das Colinas do Golã, onde Hezbollah combate ao lado do exército do presidente da Síria, Bashar al Assad.

Um comandante do corpo dos Guardiães da Revolução iraniana também morreu neste ataque.

Em represália pela morte de seus combatentes, o braço armado do Hezbollah atacou na quarta-feira um comboio israelense com cinco foguetes, matando dois militares de Israel, que respondeu com o lançamento de obuses contra o sul do Líbano.

Os episódios geraram temor de uma escalada da violência na região.

"Da mesma forma que Israel se atribui direitos, nós também: o de fazer-lhe frente em todos os lugares, em qualquer momento e do modo que julgarmos mais adequado", discursou o líder xiita diante de dezenas de seguidores.

Ontem, Israel disse ter recebido uma mensagem do movimento xiita libanês no qual a organização afirmava não estar interessada em um aumento da violência.

Em seu pronunciamento de hoje, o líder libanês acusou Israel de ter preparado de antemão o ataque contra seus homens.

Para Nasrallah, a recente espiral de violência se deve ao fato de "Israel se aproveitar e se beneficiar da região está desgarrada pelas guerras, da ineficácia e das divisões dos países árabes e da Liga Árabe".

Sobre o ataque de quarta-feira, o líder xiita disse que a ação foi planejada de maneira meticulosa.

"Estudamos muito bem nossa resposta, nos preparamos para tudo e estávamos dispostos a nos sacrificar e assumir as consequências", disse.

Nasrallah se vangloriou pelo ataque: "apesar do nível de alerta máximo do exército, Israel foi incapaz de impedir nossa operação, que foi um êxito de todos os pontos de vista".

Segundo Nasrallah, Israel é "incapaz de dar golpes duros contra a resistência e nunca poderá fazer isso".

"Quis nos testar com o ataque em Quneitra (Golã sírio). Digo que não façam mais. A resistência (Hezbollah) é sábia e não é frágil. Se pensa que tem medo da guerra, asseguro que não, faremos frente a Israel e sairemos vitoriosos", concluiu.

Israel e o Hezbollah se enfrentaram em 2006 em uma guerra que matou mais de 1.100 libaneses e 150 israelenses, e que deixou ambos os países paralisados durante 34 dias.

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Beirute - O secretário-geral do grupo xiita Hezbollah , xeque Hassan Nasrallah, afirmou nesta sexta-feira que não quer começar uma guerra com Israel , em suas primeiras declarações após a escalada de violência entre o exército israelense e as milícias do movimento libanês.

"Não queremos a guerra", disse Nasrallah em discurso pronunciado em Beirute. O líder, no entanto, advertiu: "mas se nos impõem a guerra, não a tememos".

Nasrallah participou por meio de um vídeo de uma homenagem aos seis milicianos do grupo mortos em 18 de janeiro em um ataque israelense na parte síria das Colinas do Golã, onde Hezbollah combate ao lado do exército do presidente da Síria, Bashar al Assad.

Um comandante do corpo dos Guardiães da Revolução iraniana também morreu neste ataque.

Em represália pela morte de seus combatentes, o braço armado do Hezbollah atacou na quarta-feira um comboio israelense com cinco foguetes, matando dois militares de Israel, que respondeu com o lançamento de obuses contra o sul do Líbano.

Os episódios geraram temor de uma escalada da violência na região.

"Da mesma forma que Israel se atribui direitos, nós também: o de fazer-lhe frente em todos os lugares, em qualquer momento e do modo que julgarmos mais adequado", discursou o líder xiita diante de dezenas de seguidores.

Ontem, Israel disse ter recebido uma mensagem do movimento xiita libanês no qual a organização afirmava não estar interessada em um aumento da violência.

Em seu pronunciamento de hoje, o líder libanês acusou Israel de ter preparado de antemão o ataque contra seus homens.

Para Nasrallah, a recente espiral de violência se deve ao fato de "Israel se aproveitar e se beneficiar da região está desgarrada pelas guerras, da ineficácia e das divisões dos países árabes e da Liga Árabe".

Sobre o ataque de quarta-feira, o líder xiita disse que a ação foi planejada de maneira meticulosa.

"Estudamos muito bem nossa resposta, nos preparamos para tudo e estávamos dispostos a nos sacrificar e assumir as consequências", disse.

Nasrallah se vangloriou pelo ataque: "apesar do nível de alerta máximo do exército, Israel foi incapaz de impedir nossa operação, que foi um êxito de todos os pontos de vista".

Segundo Nasrallah, Israel é "incapaz de dar golpes duros contra a resistência e nunca poderá fazer isso".

"Quis nos testar com o ataque em Quneitra (Golã sírio). Digo que não façam mais. A resistência (Hezbollah) é sábia e não é frágil. Se pensa que tem medo da guerra, asseguro que não, faremos frente a Israel e sairemos vitoriosos", concluiu.

Israel e o Hezbollah se enfrentaram em 2006 em uma guerra que matou mais de 1.100 libaneses e 150 israelenses, e que deixou ambos os países paralisados durante 34 dias.

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