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Chefe do Exército egípcio convoca protesto contra terrorismo

A convocação acontece no momento em que partidários de Mohamed Mursi seguiam protestando pela deposição do presidente islamita no dia 3 de julho

Confrontos no Egito: um dirigente da Irmandade Muçulmana, Essam el-Erian, reagiu imediatamente e rejeitou as ameaças do chefe do exército. (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2013 às 13h23.

Cairo - O chefe do Exército do Egito , general Abdel Fatah al-Sissi, convocou nesta quarta-feira os egípcios a protestar para apoiar uma intervenção "contra a violência e o terrorismo", no momento em que partidários de Mohamed Mursi seguiam protestando pela deposição do presidente islamita no dia 3 de julho.

Um dirigente da Irmandade Muçulmana, Essam el-Erian, reagiu imediatamente e rejeitou as ameaças do chefe do exército, e assegurou que "suas ameaças não impedirão que milhares de pessoas continuem protestando" pela volta de Mursi.

Essas novas declarações aumentam os riscos de uma escalada da violência, em um contexto de tensões políticas exacerbadas marcadas por episódios de violência.

"Convoco todos os egípcios honrados a sair às ruas na sexta-feira para me conceder um mandato para terminar com a violência e o terrorismo", declarou Sissi durante uma cerimônia militar transmitida pela televisão.

Sissi, que dirigiu no dia 3 de julho um golpe militar contra Mursi, após uma série de protestos contra o então presidente, afirmou que havia advertido este último que deveria renunciar ao seu cargo ou realizar um referendo.


O general, que também é vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa, reafirmou que fez cumprir a vontade do povo destituindo Mursi, cujo nome ele não pronunciou.

"Nós apresentamos três vezes ao ex-presidente três analises estratégicas sobre a situação", indicou, assegurando que Mursi rejeitou todas as propostas de compromisso com os opositores exigindo a sua renúncia.

Sissi declarou ainda que pessoas próximas ao presidente tentaram dissuadi-lo do golpe, afirmando "que haveria muita violência por causa dos grupos armados".

No terreno, um soldado egípcio foi morto nesta madrugada por homens armados no Sinai, e 28 ficaram feridas na explosão de uma bomba colocada em frente à delegacia de Mansura, no Delta do Nilo (norte), segundo os serviços médicos.

O ataque não foi reivindicado.


Os partidários do presidente deposto "condenaram o atentado criminoso" de Mansura, reafirmando seu compromisso "com manifestações pacíficas" e "denunciando os atos de violência".

Quase 170 pessoas morreram em episódios de violência desde o final de junho, e quarenta outras - membros das força de ordem, civis, jihadistas - foram mortos em atentados ou operações militares na região instável do Sinai durante este período.

O Catar, principal aliado da Irmandade Muçulmana egípcia, se disse preocupado com "permanência em detenção do presidente eleito Mohamed Mursi, e com os riscos que isso poderia comportar para a gloriosa revolução de 25 de janeiro" de 2011, que terminou com a saída do presidente Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011.

Uma saída da crise passa por "uma solução política, fundada no diálogo no quadro da unidade nacional. E isso não pode acontecer na ausência de uma das partes e a sua permanência em detenção", considerou o ministro das Relações Exteriores do Catar, em referência a Mursi, que é mantido preso e escondido desde 3 de julho, assim como vários de seus colaboradores.

Além disso , a rede de televisão catari Al-Jazeera, acusada de realizar uma cobertura favorável ao presidente destituído, denunciou uma "campanha de difamação" e "de pressões", e "de ameaças contínuas contra suas equipes de trabalho", protestando contra a detenção prolongada de um de seus cinegrafistas e "uma agressão por desconhecidos" contra um membro da equipe de produção.

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Um dirigente da Irmandade Muçulmana, Essam el-Erian, reagiu imediatamente e rejeitou as ameaças do chefe do exército, e assegurou que "suas ameaças não impedirão que milhares de pessoas continuem protestando" pela volta de Mursi.

Essas novas declarações aumentam os riscos de uma escalada da violência, em um contexto de tensões políticas exacerbadas marcadas por episódios de violência.

"Convoco todos os egípcios honrados a sair às ruas na sexta-feira para me conceder um mandato para terminar com a violência e o terrorismo", declarou Sissi durante uma cerimônia militar transmitida pela televisão.

Sissi, que dirigiu no dia 3 de julho um golpe militar contra Mursi, após uma série de protestos contra o então presidente, afirmou que havia advertido este último que deveria renunciar ao seu cargo ou realizar um referendo.


O general, que também é vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa, reafirmou que fez cumprir a vontade do povo destituindo Mursi, cujo nome ele não pronunciou.

"Nós apresentamos três vezes ao ex-presidente três analises estratégicas sobre a situação", indicou, assegurando que Mursi rejeitou todas as propostas de compromisso com os opositores exigindo a sua renúncia.

Sissi declarou ainda que pessoas próximas ao presidente tentaram dissuadi-lo do golpe, afirmando "que haveria muita violência por causa dos grupos armados".

No terreno, um soldado egípcio foi morto nesta madrugada por homens armados no Sinai, e 28 ficaram feridas na explosão de uma bomba colocada em frente à delegacia de Mansura, no Delta do Nilo (norte), segundo os serviços médicos.

O ataque não foi reivindicado.


Os partidários do presidente deposto "condenaram o atentado criminoso" de Mansura, reafirmando seu compromisso "com manifestações pacíficas" e "denunciando os atos de violência".

Quase 170 pessoas morreram em episódios de violência desde o final de junho, e quarenta outras - membros das força de ordem, civis, jihadistas - foram mortos em atentados ou operações militares na região instável do Sinai durante este período.

O Catar, principal aliado da Irmandade Muçulmana egípcia, se disse preocupado com "permanência em detenção do presidente eleito Mohamed Mursi, e com os riscos que isso poderia comportar para a gloriosa revolução de 25 de janeiro" de 2011, que terminou com a saída do presidente Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011.

Uma saída da crise passa por "uma solução política, fundada no diálogo no quadro da unidade nacional. E isso não pode acontecer na ausência de uma das partes e a sua permanência em detenção", considerou o ministro das Relações Exteriores do Catar, em referência a Mursi, que é mantido preso e escondido desde 3 de julho, assim como vários de seus colaboradores.

Além disso , a rede de televisão catari Al-Jazeera, acusada de realizar uma cobertura favorável ao presidente destituído, denunciou uma "campanha de difamação" e "de pressões", e "de ameaças contínuas contra suas equipes de trabalho", protestando contra a detenção prolongada de um de seus cinegrafistas e "uma agressão por desconhecidos" contra um membro da equipe de produção.

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