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Chefe do exército declara toque de recolher na Tailândia

O chefe do exército da Tailândia declarou toque de recolher no país após anunciar um golpe de Estado

Chefe do exército da Tailândia, Prayuth Chan-ocha: Prayuth assumiu o poder (Athit Perawongmetha/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2014 às 09h45.

Bangcoc -O chefe do exército da Tailândia , Prayuth Chan-Ocha, declarou nesta quinta-feira toque de recolher no país após anunciar um golpe de Estado e deter vários membros do governo e líderes dos protestos .

Prayuth assumiu o poder depois de declarar o fracasso da reunião entre membros do Executivo interino e opositores para solucionar a crise na Tailândia após oito meses de manifestações antigovernamentais

O toque de recolher, que entra em vigor nesta noite, será aplicado das 22h locais (12h de Brasília) até às 5h locais (19h de Brasília).

Prayuth cancelou a reunião entre as partes após duas horas de negociação sem resultados e os soldados levaram todos os presentes para as dependências do Primeiro Regimento de Infantaria, exceto os membros do Senado e da Comissão Eleitoral.

Entre os detidos se encontra o ministro da Justiça, Chaikasem Nitisiri, e vários vice-ministros, assim como representantes dos principais partidos políticos e os líderes dos manifestantes a favor e contra o governo.

O primeiro-ministro interino, Niwattumrong Boonsongpaisan, encontra-se com paradeiro desconhecido.

"Em nome da lei e da ordem, assumimos os poderes. Por favor, permaneçam em calma e continuem com seus afazeres diários", disse Prayuth Chan-Ocha, em um anúncio transmitido pela televisão pouco antes das 17h locais (7h de Brasília).

O comandante militar afirmou que a ação tem como objetivo impedir mais mortes e um aumento do conflito entre opositores e simpatizantes do governo.

O exército assumiu o papel de mediador da crise após declarar na terça-feira lei marcial em todo o país com o objetivo de prevenir uma explosão de violência, após oito meses de protestos antigovernamentais, que deixaram 28 mortos e centenas de feridos.

Os manifestantes antigovernamentais exigem uma reforma do sistema político, que consideram corrupto, e propõem a criação de um conselho não eleito para implementar mudanças antes da realização de uma votação.

A Tailândia vive uma grave crise desde o golpe de Estado que derrubou em 2006 o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, acusado pelos opositores de comandar o governo do exílio.

Os "camisas vermelhas", seguidores de Thaksin, ameaçaram intensificar os protestos em Bangcoc se o exército tomasse o poder e o governo interino caísse.

Os militares já tramaram 19 golpes de Estado no país, 12 deles bem sucedidos, desde o fim da monarquia absolutista em 1932.

*Atualizada às 09h44 do dia 22/05/2014

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Bangcoc -O chefe do exército da Tailândia , Prayuth Chan-Ocha, declarou nesta quinta-feira toque de recolher no país após anunciar um golpe de Estado e deter vários membros do governo e líderes dos protestos .

Prayuth assumiu o poder depois de declarar o fracasso da reunião entre membros do Executivo interino e opositores para solucionar a crise na Tailândia após oito meses de manifestações antigovernamentais

O toque de recolher, que entra em vigor nesta noite, será aplicado das 22h locais (12h de Brasília) até às 5h locais (19h de Brasília).

Prayuth cancelou a reunião entre as partes após duas horas de negociação sem resultados e os soldados levaram todos os presentes para as dependências do Primeiro Regimento de Infantaria, exceto os membros do Senado e da Comissão Eleitoral.

Entre os detidos se encontra o ministro da Justiça, Chaikasem Nitisiri, e vários vice-ministros, assim como representantes dos principais partidos políticos e os líderes dos manifestantes a favor e contra o governo.

O primeiro-ministro interino, Niwattumrong Boonsongpaisan, encontra-se com paradeiro desconhecido.

"Em nome da lei e da ordem, assumimos os poderes. Por favor, permaneçam em calma e continuem com seus afazeres diários", disse Prayuth Chan-Ocha, em um anúncio transmitido pela televisão pouco antes das 17h locais (7h de Brasília).

O comandante militar afirmou que a ação tem como objetivo impedir mais mortes e um aumento do conflito entre opositores e simpatizantes do governo.

O exército assumiu o papel de mediador da crise após declarar na terça-feira lei marcial em todo o país com o objetivo de prevenir uma explosão de violência, após oito meses de protestos antigovernamentais, que deixaram 28 mortos e centenas de feridos.

Os manifestantes antigovernamentais exigem uma reforma do sistema político, que consideram corrupto, e propõem a criação de um conselho não eleito para implementar mudanças antes da realização de uma votação.

A Tailândia vive uma grave crise desde o golpe de Estado que derrubou em 2006 o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, acusado pelos opositores de comandar o governo do exílio.

Os "camisas vermelhas", seguidores de Thaksin, ameaçaram intensificar os protestos em Bangcoc se o exército tomasse o poder e o governo interino caísse.

Os militares já tramaram 19 golpes de Estado no país, 12 deles bem sucedidos, desde o fim da monarquia absolutista em 1932.

*Atualizada às 09h44 do dia 22/05/2014

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