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Chefe de segurança do Líbano escapa de ataque suicida

Atentado suicida matou uma pessoas e feriu 37 outras em um ataque a um posto de controle no Líbano nesta sexta-feira


	Líbano: alto comissário de segurança já havia dito que militantes islâmicos queriam assassiná-lo
 (Getty Images)

Líbano: alto comissário de segurança já havia dito que militantes islâmicos queriam assassiná-lo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2014 às 12h29.

Beirute - Um atentado suicida matou uma pessoas e feriu 37 outras em um ataque a um posto de controle no Líbano nesta sexta-feira, que por pouco não atingiu um alto comissário de segurança que já havia dito que militantes islâmicos queriam assassiná-lo.

A explosão foi no Vale de Bekka, próximo à fronteira com a Síria, uma área na qual militantes libaneses sunitas contrários ao presidente sírio, Bashar al-Assad, têm buscado como algo seu principal aliado no Líbano, o movimento islâmico xiita Hezbollah.

O alto oficial de segurança, general Abbas Ibrahim, disse ter passado pelo posto de controle na principal rodovia entre Beirute e Damasco minutos antes de o homem-bomba ter se explodido, a apenas 200 metros de seu comboio. "Escapamos por um milagre”, disse Ibrahim à Reuters, acrescentando que muitas autoridades no Líbano estão marcadas como alvo após a reativação de “células terroristas adormecidas”.

"Mas os serviços de segurança estão prontos e em alerta para detê-los. Não vamos nos tornar outro Iraque”, acrescentou o oficial em referência à luta entre facções xiitas e sunitas ao país onde militantes sunitas tomaram diversas partes do território.

Ibrahim, um xiita que lidera o Diretório de Segurança Geral do Líbano, disse que oficiais de segurança tinham informação de que militantes sunitas estavam tentando assassiná-lo.

“Tínhamos suspeitas do carro (do suicida) quando estávamos a caminho, e quando o carro parou no posto de controle de Dahr al-Baydar a explosão aconteceu”, disse. O morto era um oficial de polícia do posto.

Os feridos eram, principalmente, policiais e civis. Mais tarde, nesta sexta-feira, foram fechadas diversas estradas em Beirute e Trípoli por temor de problemas na segurança.

O aumento da segurança é parte de um esforço para evitar que o Líbano seja contagiado pela guerra civil na Síria, onde combatentes do Hezbollah têm ajudado Assad a reconquistar território de insurgentes de maioria sunita no último ano.

O conflito na Síria reagravou o embate sectário no Líbano, onde tiroteios, carros-bomba e ataques de foguetes relacionados com o conflito na Síria mataram vários habitantes e reavivaram memórias da guerra civil do país, que durou 15 anos e terminou em 1990. Militantes sunitas estão furiosos com a intervenção do Hezbollah na Síria para ajudar Assad, um aliado do Irã xiita. Ao mesmo tempo, alguns libaneses sunitas uniram-se a rebeldes sírios.

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