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Chefe de Inteligência libanesa é morto em atentado

O atentado com carro-bomba, que deixou vários mortos nesta sexta-feira em Beirute, tinha como alvo o general Wissam Hassan

Dois edifícios foram devastados pela explosão em uma rua estreita perto da praça Sassine, no Líbano (AFP)

Dois edifícios foram devastados pela explosão em uma rua estreita perto da praça Sassine, no Líbano (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2012 às 13h55.

Beirute - O atentado com carro-bomba ocorrido nesta sexta-feira no centro de Beirute era dirigido contra o chefe de Inteligência da Polícia libanesa, o general Wissam Hassan, que morreu na ação, informaram à Agência Efe fontes policiais.

Hassan tinha comandado as investigações nas quais, em agosto passado, o ex-ministro libanês de Informação Michel Samaha, próximo ao regime sírio, foi acusado de ter planejado assassinatos contra personalidades políticas e religiosas no Líbano.

O principal responsável dos serviços secretos policiais, de 43 anos, tinha chegado na noite desta quinta-feira a Beirute procedente do estrangeiro, segundo a televisão local "LBC".

Estava previsto que Hassan sucedesse no próximo ano o atual chefe da Polícia libanesa, Ashraf Rifi, quando este se aposenta.

O general assassinado - próximo ao grupo opositor Futuro, de Saad Hariri - estava no ponto de mira de grupos libaneses favoráveis à Síria como o Hezbollah (xiita), que tinham pedido sua renúncia.

Hassan também tinha colaborado nas investigações sobre o assassinato em 2005 do primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, de quem foi seu responsável de segurança, e de outros atentados terroristas dirigidos contra personalidades antissírias.

Segundo a "Agência de Notícias Nacional" libanesa (ANN), pelo menos oito pessoas morreram hoje e outras 78 ficaram feridas pela explosão de um carro-bomba no bairro de Al Ashrafiya, no centro de Beirute.

A instabilidade aumentou nos últimos meses no Líbano como consequência do contágio da crise na Síria, palco de atentados e confrontos entre partidários e opositores do regime do presidente sírio, Bashar al Assad. 

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