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Chefe de gabinete de Netanyahu é acusado de extorsão para alterar atas de 7 de outubro

Procurador-geral de Israel, Gali Baharav-Miara, autorizou na sexta-feira as autoridades responsáveis ​​a investigar diretamente Netanyahu pelo escândalo do vazamento, segundo jornal loval

Chefe de gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi acusado neste domingo de extorquir um funcionário de sua secretaria militar para alterar as atas das discussões realizadas nas horas anteriores ao ataque de milicianos da Faixa de Gaza em outubro de 2023O (Jacquelyn Martin/Getty Images)

Chefe de gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi acusado neste domingo de extorquir um funcionário de sua secretaria militar para alterar as atas das discussões realizadas nas horas anteriores ao ataque de milicianos da Faixa de Gaza em outubro de 2023O (Jacquelyn Martin/Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 10 de novembro de 2024 às 14h28.

O chefe de gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi acusado neste domingo de extorquir um funcionário de sua secretaria militar para alterar as atas das discussões realizadas nas horas anteriores ao ataque de milicianos palestinos da Faixa de Gaza contra o território israelense, em 7 de outubro de 2023.

A emissora de rádio pública “Kan” citou o nome de Tzachi Braverman, chefe de gabinete, como o membro do governo do premiê que ameaçou um militar com a transmissão de um vídeo comprometedor no qual aparecia para que este alterasse as atas.

Neste domingo, o advogado de Braverman, em um comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro, qualificou as acusações como “difamação grave” e garantiu que o assessor não possui qualquer tipo de “documentação sensível” nem tentou extorquir ninguém.

“É uma mentira e uma verdadeira incitação durante a guerra sob o pretexto de uma reportagem jornalística”, criticou o advogado.

O vídeo usado por Braverman foi captado pelas câmeras do próprio gabinete do primeiro-ministro, segundo a “Kan”; enquanto a emissora “Canal 13” acrescentou que o soldado tinha uma relação “inadequada” com uma mulher no seu ambiente de trabalho, embora não tenha especificado que seja esse o conteúdo da gravação.

O jornal israelense “Yedioth Ahronoth” já havia denunciado em julho as tentativas do gabinete de Netanyahu de manipular as atas relativas ao dia 7 de outubro, mas foi apenas na última terça-feira que a polícia tornou pública uma investigação que está em curso há seis meses a este respeito, dando mais uma vez visibilidade ao caso.

A extorsão, descoberta em julho pelo jornal israelense, pretendia alterar as atas de reuniões sobre "preparativos para um importante acontecimento político", que ocorreram antes do ataque do Hamas.

Segundo a mídia hebraica, o gabinete de Netanyahu também teria obtido imagens “sensíveis” de Yoav Gallant, o ministro da Defesa que o primeiro-ministro demitiu na terça-feira passada devido às divergências entre os dois sobre a gestão das guerras em Gaza e no Líbano.

Múltiplas controvérsias no gabinete de Netanyahu

Quando a polícia tornou pública a investigação sobre as extorsões, em 5 de novembro, Netanyahu já estava imerso em outra polêmica: a conhecida como BibiLeaks, devido ao vazamento de documentos de inteligência militar manipulados de seu gabinete para a imprensa estrangeira, a fim de supostamente dirigir a opinião pública israelense contra um acordo de cessar-fogo que retire os reféns de Gaza.

O procurador-geral de Israel, Gali Baharav-Miara, autorizou na sexta-feira as autoridades responsáveis ​​a investigar diretamente Netanyahu pelo escândalo do vazamento, segundo o jornal “Maariv”, embora tenha esclarecido que nem a polícia nem o Shin Bet (serviço de inteligência interno) se pronunciaram sobre o curso das investigações.

Na terça-feira, o gabinete de Netanyahu descreveu a investigação policial sobre a extorsão e a controvérsia do BibiLeaks como “uma caça às bruxas sem precedentes”, criticando que todas as investigações são dirigidas contra esse gabinete “e não contra os vazadores que causaram danos tremendos aos sequestrados e à segurança de Israel”.

Eli Feldstein, porta-voz e conselheiro próximo de Netanyahu, permanece em prisão preventiva pelo caso dos vazamentos, após ter sido detido junto com outros quatro soldados que trabalhavam em uma unidade de inteligência.

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