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Chefe de estação liberou passagem de trem que colidiu

A companhia privada Ferrotramviaria, que administra o trecho da faixa única onde ocorreu o acidente, anunciou que suspendeu o chefe da estação


	Acidente: "Eu dei o sinal para liberar a passagem, mas não sabia que estava vindo outro trem de Corato, por isso liberei a passagem"
 (Corpo de Bombeiros da Itália / Reuters)

Acidente: "Eu dei o sinal para liberar a passagem, mas não sabia que estava vindo outro trem de Corato, por isso liberei a passagem" (Corpo de Bombeiros da Itália / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2016 às 08h25.

Roma - O chefe da estação ferroviária de Andria, no sul da Itália, admitiu que liberou a passagem do comboio que na última terça-feira se chocou com outro trem que partiu de Corato, em um acidente que causou 23 mortes.

Em declarações publicadas nesta quinta-feira pelo jornal "La Repubblica", Vito Piccarreta afirma: "É verdade que esse trem não tinha que partir. Eu dei o sinal para liberar a passagem, mas não sabia que estava vindo outro trem de Corato, por isso liberei a passagem".

A esposa do chefe da estação, Lia Piccarreta, assegurou ao jornal que ambos se sentem "vítimas" do acidente mas acrescentou: "só um erro não pode haver causado tudo isto".

A companhia privada Ferrotramviaria, que administra o trecho da faixa única onde ocorreu o acidente, anunciou que suspendeu o chefe da estação enquanto, por outro lado, abriu um inquérito para apurar quem foram os responsáveis pelo acidente.

A Procuradoria de Trani investiga as circunstâncias do acidente, que aconteceu pouco antes do meio-dia de terça-feira, quando dois trens chocaram frontalmente em uma ligeira curva quando trafegavam a 100 km/h.

Segundo a imprensa local, a investigação aberta também inclui a eventual responsabilidade das instituições que não tinham iniciado começado o trabalho para duplicar a linha única que já tinha sido autorizada e que contavam inclusive com financiamento de fundos da União Europeia.

O ministro da Infraestrutura e Transporte, Graziano Delrio, informou ontem no parlamento que atualmente são 2,7 mil km de ferrovia única em todo o país do total de uns 3 mil da rede considerada como "secundária".

No entanto, nenhuma autoridade explicou qual é a razão do trecho onde aconteceu o acidente ainda não tenha passado pelo processo de duplicação da linha férrea.

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