Chefe da ONU celebra esforços da Celac pela paz e pede esforços ao Haiti
Países governados pela direita enviaram representantes de menor escalão, como o Equador, representado por sua embaixadora em San Salvador
Agência de notícias
Publicado em 1 de março de 2024 às 14h01.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres , elogiou o "compromisso de buscar soluções pacíficas" da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) nesta sexta-feira, 1º, mencionando as tensões entre Venezuela e Guiana, as negociações na Colômbia e pedindo maiores esforços para o Haiti.
Guterres participou da cúpula da Celac, que reuniu presidentes de esquerda como Luiz Inácio Lula da Silva , o colombiano Gustavo Petro, o venezuelano Nicolás Maduro e o cubano Miguel Díaz-Canel em São Vicente e Granadinas.
Países governados pela direita enviaram representantes de menor escalão, como o Equador, representado por sua embaixadora em San Salvador.
A "América Latina e o Caribe demonstraram que a união pela paz é possível e faz a diferença", disse Guterres em seu discurso na plenária. "O processo de paz na Colômbia deu passos significativos, com a inestimável contribuição dos países da Celac", continuou, referindo-se à política de paz total de Petro, que negocia com grupos armados.
Disputa por Essequibo
O chefe da ONU também destacou "a declaração conjunta para o diálogo e paz entre Guiana e Venezuela", que estão em conflito pela soberania do território de Essequibo, rico em petróleo, e que despertou, em dezembro de 2023, o temor regional de um conflito armado.
Guterres alertou sobre a violência no Equador e no Haiti, onde "a situação, já grave, piora a cada dia".
"As facções mantêm o país sequestrado e usam a violência sexual como arma. Ao mesmo tempo, o Plano de Resposta Humanitária da ONU para o Haiti precisa de um forte apoio financeiro", declarou ele.
Em sua chegada a Kingstown, na quinta-feira, 29, Guterres insistiu na importância de alcançar uma "solução política" no Haiti.
O responsável pediu um fortalecimento dos esforços contra as mudanças climáticas e a fome na região, além de alertar contra o crescimento do "autoritarismo e extremismo".