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Chefe da inteligência de Ruanda é libertado sob fiança

A fiança ficou estabelecida em 1,6 milhão de dólares, e Karake também deverá se apresentar às autoridades britânicas diariamente

Manifestantes em Kigali pedem a libertação de Karake (AFP / Cyril Ndegeya)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2015 às 14h21.

Um tribunal britânico concedeu nesta quinta-feira liberdade sob fiança ao chefe da inteligência de Ruanda, Karenzi Karake, detido em Londres e reclamado pela justiça espanhola pela morte de vários espanhóis no país africano.

A fiança ficou estabelecida em 1,6 milhão de dólares, e Karake também deverá se apresentar às autoridades britânicas diariamente.

O presidente ruandês Paul Kagame condenou nesta quinta-feira a arrogância dos países ocidentais pela prisão de Karake.

"Esta prisão está baseada na arrogância e desdém absolutos. Devem ter achado que era um imigrante ilegal. A forma com que tratam os imigrantes ilegais é a forma com que tratam a todos. Os negros se converteram em alvo de treinamento de tiro", afirmou Kagame em um discurso ante o Parlamento.

Kagame questionou o direito da Grã-Bretanha de deter Karake a pedido da justiça espanhola que o acusa de atos de terrorismo.

A detenção do diretor do serviço de inteligência de Ruanda provocou indignação no país africano, que atribuiu a medida à arrogância europeia e a uma manobra daqueles que negam o genocídio de 1994.

Karake não pertencia ao governo hutu acusado pelo genocídio de tutsis, e sim ao movimento rebelde que derrubou o regime, mas este grupo também é acusado de abusos contra os civis.

A justiça espanhola iniciou os trâmites para solicitar a Londres a entrega de Karake, um dos políticos mais influentes de Ruanda.

No momento da emissão da ordem contra Karake, em 2008, a Espanha tinha jurisdição universal que permitia julgar os responsáveis por crimes contra a humanidade onde quer que estivessem.

A jurisdição universal foi limitada pelo atual governo e, segundo uma fonte judicial espanhola disse à AFP, Karake é agora procurado apenas pelo que aconteceu às vítimas espanholas".

O Foreign Office não comentou a detenção, mas indicou que existe uma "relação profunda e antiga" entre o Reino Unido e Ruanda.

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Um tribunal britânico concedeu nesta quinta-feira liberdade sob fiança ao chefe da inteligência de Ruanda, Karenzi Karake, detido em Londres e reclamado pela justiça espanhola pela morte de vários espanhóis no país africano.

A fiança ficou estabelecida em 1,6 milhão de dólares, e Karake também deverá se apresentar às autoridades britânicas diariamente.

O presidente ruandês Paul Kagame condenou nesta quinta-feira a arrogância dos países ocidentais pela prisão de Karake.

"Esta prisão está baseada na arrogância e desdém absolutos. Devem ter achado que era um imigrante ilegal. A forma com que tratam os imigrantes ilegais é a forma com que tratam a todos. Os negros se converteram em alvo de treinamento de tiro", afirmou Kagame em um discurso ante o Parlamento.

Kagame questionou o direito da Grã-Bretanha de deter Karake a pedido da justiça espanhola que o acusa de atos de terrorismo.

A detenção do diretor do serviço de inteligência de Ruanda provocou indignação no país africano, que atribuiu a medida à arrogância europeia e a uma manobra daqueles que negam o genocídio de 1994.

Karake não pertencia ao governo hutu acusado pelo genocídio de tutsis, e sim ao movimento rebelde que derrubou o regime, mas este grupo também é acusado de abusos contra os civis.

A justiça espanhola iniciou os trâmites para solicitar a Londres a entrega de Karake, um dos políticos mais influentes de Ruanda.

No momento da emissão da ordem contra Karake, em 2008, a Espanha tinha jurisdição universal que permitia julgar os responsáveis por crimes contra a humanidade onde quer que estivessem.

A jurisdição universal foi limitada pelo atual governo e, segundo uma fonte judicial espanhola disse à AFP, Karake é agora procurado apenas pelo que aconteceu às vítimas espanholas".

O Foreign Office não comentou a detenção, mas indicou que existe uma "relação profunda e antiga" entre o Reino Unido e Ruanda.

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