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Chefe da diplomacia da UE visita Irã para discutir negociação nuclear

O diálogo é para os Estados Unidos retornar ao acordo internacional alcançado em 2015, limitando o programa nuclear iraniano

Josep Borrell toca o sino para iniciar a reunião do Conselho de Relações Exteriores da UE, em 21 de março de 2022 em Bruxelas (AFP/AFP)
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AFP

Publicado em 24 de junho de 2022 às 10h40.

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) , Josep Borrell, chegará nesta sexta-feira (24) a Teerã para retomar as negociações sobre o programa nuclear iraniano, estagnadas desde março.

Borrelll chegará na parte da noite e se reunirá com o ministro das Relações Exteriores do Irã , Hossein Amir, e com outras autoridades, segundo um porta-voz da Chancelaria iraniana.

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"A diplomacia é a única forma de voltar a uma plena aplicação do acordo nuclear e superar as tensões atuais", disse Borrell no Twitter depois que a UE confirmou sua visita de dois dias ao Irã.

A viagem de Borrell ocorre em um momento de estagnação das negociações iniciadas em abril de 2021 entre Irã e as grandes potências Rússia, Estados Unidos, China, França, Reino Unido e Alemanha.

O diálogo tem como objetivo que os Estados Unidos retornem ao acordo internacional alcançado em 2015 para limitar o programa nuclear iraniano. Washington se retirou unilateralmente do pacto em 2018 durante o governo de Donald Trump e o Irã se desligou progressivamente de seus compromissos.

O pacto de 2015 aliviou as sanções sufocantes contra o Irã em troca de uma limitação do programa nuclear de Teerã, acusado de tentar desenvolver uma bomba atômica, apesar de sua versão de que tinha apenas finalidades civis.

O restabelecimento por parte de Trump das sanções econômicas contra o Irã gerou indignação em Teerã.

Segundo a Chancelaria do Irã, a visita "faz parte das consultas em andamento entre Irã e UE, se concentrará nas relações bilaterais, em algumas questões regionais e internacionais, assim como na evolução das negociações para o levantamento das sanções".

A UE confirmou em nota a visita de Borrell ao Irã em 24 e 25 de junho "como parte dos esforços em andamento para voltar a uma aplicação total" do acordo de 2015.

O governo do presidente americano Joe Biden afirmou que quer voltar a fazer parte do acordo, com a condição de que o Irã renove seus compromissos, enquanto o Irã exige primeiro o levantamento das sanções.

Na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores iraniano disse que seu país espera "seriamente chegar a um acordo justo, forte e duradouro", durante uma conversa com seu homólogo russo Serguéi Lavrov em Teerã.

O chanceler iraniano pediu a Washington para "mostrar realismo"

No início de junho, o Irã desligou algumas das câmaras de vigilância da Agência Internacional de Energia Atômica ( AIEA ) de suas instalações nucleares, depois que os Estados Unidos e os países europeus votaram uma resolução em 8 de junho denunciando a falta de cooperação de Teerã.

No entanto, o Irã afirma que todas essas medidas são "reversíveis" uma vez que um acordo seja alcançado em Viena.]

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