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Chávez diz que seria o primeiro a reconhecer eventual derrota eleitoral

Chávez diz que vencerá o pleito marcado para outubro com "ampla margem" de vantagem

Chávez disse que qualquer tentativa de desestabilização da oposição nas eleições vai fracassar (Juan Barreto/AFP)

Chávez disse que qualquer tentativa de desestabilização da oposição nas eleições vai fracassar (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2012 às 15h07.

Caracas - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou neste domingo que seria "o primeiro a reconhecer" uma eventual derrota nas eleições de outubro, embora tenha afirmado que vencerá o pleito "por ampla margem", em entrevista à emissora de TV privada Televen.

"Se eu perder as eleições de 7 de outubro, seria o primeiro a reconhecer e entregaria o governo. Convocaria meus seguidores civis, militares, dos mais moderados aos mais radicais, a obedecer o mandato de um povo", disse Chávez ao ex-vice-presidente José Vicente Rangel, apresentador de um programa de TV do canal.

"Nós vamos vencer as eleições, estou certo, por ampla margem. E qualquer tentativa de desestabilização vai fracassar", acrescentou o presidente, em alusão à oposição, à qual costuma acusar de "desestabilizadora".

Chávez, que está no poder desde 1999, disputará um terceiro mandato de seis anos, com uma popularidade que beira os 50%. Nas eleições, ele enfrentará um candidato da oposição que será eleito nas primárias do próximo 12 de fevereiro.

Segundo Chávez, "seja quem for que vença as primárias, do meu ponto de vista, todos representam o mesmo: são os candidatos da burguesia mais rançosa, mais radical, e os candidatos do império ianque".

Os governadores Henrique Capriles, do estado de Miranda, e Pablo Pérez, do estado petroleiro de Zulia, são os favoritos entre seis candidatos a vencer as primárias da oposição, segundo a maioria das consultas.

"Nenhum (dos seis pré-candidatos) detém os mínimos requisitos para ser um candidato à Presidência da Venezuela de hoje", afirmou Chávez, líder carismático que garante estar recuperado do câncer diagnosticado em meados de 2011.

"Tenho muita vitalidade e às vezes esqueço pelo que passei (...) Eu me esqueço muitas vezes de tudo aquilo terrível", afirmou o presidente, que durante o tratamento contra o câncer reduziu fortemente suas atividades públicas.

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