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Chávez compara explosão da refinaria com 'bomba atômica'

Explosão causou um incêndio que afetou nove tanques de combustíveis da refinaria, o qual só foi controlado hoje pelos bombeiros


	Incêndio na refinaria de Amuay, na Venezuela: o presidente venezuelano ressaltou que a Procuradoria Geral já iniciou uma investigação no local
 (Reuters/Marife Cuauro)

Incêndio na refinaria de Amuay, na Venezuela: o presidente venezuelano ressaltou que a Procuradoria Geral já iniciou uma investigação no local (Reuters/Marife Cuauro)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2012 às 20h26.

Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta terça-feira que a explosão da refinaria de Amuay, que ocorreu na madrugada do último sábado e causou a morte de pelo menos 41 mortos, foi ''''como a de uma bomba atômica''''.

Em um discurso em que abordou o controle do incêndio, mas não apresentou novos dados sobre danos e vítimas, Chávez confirmou a aprovação de fundos para os desabrigados de Ponto Fijo, cidade onde se encontra o centro industrial, e afirmou que será erguido um monumento no local dedicado aos ''''mártires civis e militares''''.

A refinaria Amuay, situada no Centro Refinador de Paraguaná (CRP), um dos maiores do mundo, explodiu na madrugada de sábado por causa de um vazamento de gás. Além das 41 vitimas, segundo autoridades locais, a explosão deixou dezenas de feridos e destruiu uma série de casas e estabelecimentos comerciais da região.

Além disso, a explosão causou um incêndio que afetou nove tanques de combustíveis da refinaria, o qual só foi controlado hoje pelos bombeiros.

Apesar de ter falado somente sobre o incidente da refinaria em seu discurso, Chávez não falou sobre o números de mortos, dados que foram fornecidos apenas pelas autoridades locais, como a governadora do estado de Falcon, Stella Lugo, que ontem confirmou que o incidente causou 41 mortes e deioxu mais de 30 pessoas feridas.

Ontem, a ministra da Saúde da Venezuela, Eugenia Sader, indicou que mais de 120 pessoas foram atendidas em hospitais da região, sendo que 56 já receberam alta, segundo a imprensa local.


''''No lugar onde ficava o Destacamento 44, nós vamos levantar um monumento aos mártires civis e militares porque essa explosão foi como a de uma bomba atômica'''', assinalou o líder no discurso realizado na sede do Governo em Caracas.

A maior parte dos falecidos eram membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) ou parentes que estavam nos imóveis do Destacamento 44, a unidade que era encarregada de fazer a segurança do CRP e que foi inteiramente afetada pela explosão da refinaria.

Chávez insistiu que é ''''totalmente falsa'''' a notícia de que nos dias prévios ao acidente na região houvesse um forte cheiro de gás, como chegaram a falar alguns moradores da região.

''''Não havia cheiro de gás no bairro. Bom, não houve nenhuma explosão fora da refinaria. Se tivesse gás no bairro, Deus meu. Graças a Deus que não foi assim'''', afirmou Chávez.

O presidente venezuelano aprovou US$ 23,2 milhões para os desabrigados e aproveitou o ato para falar sobre a entrega de uma casa a uma família desabrigada.

Antes de encerrar seu discurso, o presidente venezuelano ressaltou que a Procuradoria Geral já iniciou uma investigação no local.

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