Chance de crise atual repetir a de 2008 é de 62%
Há possibilidade de uma crise internacional semelhante ao colapso do banco Lehman Brothers em 2008
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2011 às 08h04.
São Paulo - A volatilidade registrada pelos contratos do mercado futuro de real e dólar nas últimas semanas aponta para uma probabilidade de 62% de repetição de uma crise com a mesma severidade do colapso do banco Lehman Brothers em 2008, conforme relatório do banco JPMorgan com um levantamento das cotações no mercado à vista e nos preços de derivativos das principais moedas mundiais.
Mesmo após as intervenções do Banco Central para tentar estabilizar o mercado de câmbio, o sentimento dos investidores refletido nos contratos futuros de real é de que o pior da crise ainda não passou.
"Por causa do movimento agudo das cotações nas últimas duas semanas, muita gente começou a pensar que a maior parte do processo de desalavancagem dos ativos de riscos que precisava ser feito já foi feito nessas últimas semanas", disse à Agência Estado um dos autores do levantamento, Arindam Sandilya, estrategista de câmbio do JPMorgan em Nova York. "Mas a principal mensagem desse levantamento é que as coisas podem ficar bem pior."
Os analistas do JPMorgan mediram a volatilidade no mercado à vista dos pares de moedas de países desenvolvidos, como a oscilação na negociação do dólar versus euro ou do dólar versus iene japonês, por exemplo. Para moedas de países emergentes que não são conversíveis, mas tenham negociação no mercado futuro, como o Brasil, foi levada em conta a volatilidade de contratos de derivativos como os non deliverable forwards (NDF), cujos prazos vão de um mês até um ano.
No par euro/dólar, que tem a maior liquidez no mercado mundial de câmbio, a volatilidade das cotações do mercado à vista já aponta uma probabilidade de 70% de repetição de uma crise à la Lehman Brothers. No par dólar/franco suíço, a volatilidade indica 83% de chance.
São Paulo - A volatilidade registrada pelos contratos do mercado futuro de real e dólar nas últimas semanas aponta para uma probabilidade de 62% de repetição de uma crise com a mesma severidade do colapso do banco Lehman Brothers em 2008, conforme relatório do banco JPMorgan com um levantamento das cotações no mercado à vista e nos preços de derivativos das principais moedas mundiais.
Mesmo após as intervenções do Banco Central para tentar estabilizar o mercado de câmbio, o sentimento dos investidores refletido nos contratos futuros de real é de que o pior da crise ainda não passou.
"Por causa do movimento agudo das cotações nas últimas duas semanas, muita gente começou a pensar que a maior parte do processo de desalavancagem dos ativos de riscos que precisava ser feito já foi feito nessas últimas semanas", disse à Agência Estado um dos autores do levantamento, Arindam Sandilya, estrategista de câmbio do JPMorgan em Nova York. "Mas a principal mensagem desse levantamento é que as coisas podem ficar bem pior."
Os analistas do JPMorgan mediram a volatilidade no mercado à vista dos pares de moedas de países desenvolvidos, como a oscilação na negociação do dólar versus euro ou do dólar versus iene japonês, por exemplo. Para moedas de países emergentes que não são conversíveis, mas tenham negociação no mercado futuro, como o Brasil, foi levada em conta a volatilidade de contratos de derivativos como os non deliverable forwards (NDF), cujos prazos vão de um mês até um ano.
No par euro/dólar, que tem a maior liquidez no mercado mundial de câmbio, a volatilidade das cotações do mercado à vista já aponta uma probabilidade de 70% de repetição de uma crise à la Lehman Brothers. No par dólar/franco suíço, a volatilidade indica 83% de chance.