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Chacina em comunidade indígena na Guatemala deixa 11 mortos

Ataque foi em loja de bebidas alcoólicas em San José Nacahuil, uma comunidade indígena situada na região central da Guatemala

Veículo transporta os corpos das vítimas da chacina na Guatemala (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2013 às 15h09.

Cidade da Guatemala - Pelo menos 11 pessoas morreram e mais de 12 ficaram feridas, entre elas três menores de idade, ao ser baleadas em uma loja de bebidas alcoólicas em San José Nacahuil, uma comunidade indígena situada na região central da Guatemala , informaram autoridades locais neste domingo.

A matança, segundo o ministro de Governo, Mauricio López Bonilla, foi cometida por três ou quatro atiradores, supostos membros de uma quadrilha, que chegaram à comunidade, localizada a cerca de 20 quilômetros da capital Cidade da Guatemala.

A tranquilidade da aldeia foi interrompida por volta das 23h locais de sábado (2h de Brasília deste domingo) pelos atiradores, que foram até a loja de bebidas alcoólicas e dispararam com armas de 9 milímetros contra o grupo.

López, que foi ao local do crime, explicou a jornalistas que lá não existe nenhuma delegacia da Polícia Nacional Civil (PNC) porque esta foi incendiada pelos moradores em 2007 durante um conflito social. Ele também afirmou que, devido a informações não confirmadas de que haveria um eventual ataque na aldeia, uma patrulha se dirigiu à região.

'Uma hora depois de ela ter saído, ocorreu o fato', disse López, para quem o massacre pegou as autoridades de surpresa porque os índices de criminalidade em San José Nacahuil 'são muito baixos'.

O ministro disse que, segundo as primeiras investigações, o ataque foi cometido por três ou quatro pessoas que chegaram a pé à aldeia e depois do massacre roubaram um veículo para fugir e o abandonaram a 3 quilômetros da comunidade da etnia maia kakchiquel.

O presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, foi informado sobre o caso, mas ainda não se sabe se o massacre está relacionado a extorsões ou o narcotráfico.

Durante o ataque, ficaram feridos três menores de idade que passavam pelo lugar e foram levados em estado grave a um posto de atendimento médico, disse aos jornalistas o porta-voz dos Bombeiros Voluntários, Sergio Vásquez.

Pelo menos 14 pessoas, de acordo com os serviços de socorro locais, ficaram feridas devido aos disparos.

Segundo as versões de moradores, o lugar onde aconteceu o massacre funcionava há três anos, e um de seus proprietários era Aurelio Surte, um dos que morreram.

Funcionários do Ministério Público coletaram mais de 50 cápsulas de projétil das balas disparadas pelos criminosos.

O prefeito do município de San Pedro Ayampuc, Anacleto Peinado, solicitou às autoridades a presença policial na aldeia para evitar mais casos como este.

A Guatemala é considerada um dos países mais violentos da América Latina. Entre janeiro e agosto, foram registrados 4.132 assassinatos, 5,84% a mais que os 3.904 do mesmo período do ano passado, segundo as estatísticas oficiais do Instituto Nacional de Ciências Forenses (Inacif). EFE

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Cidade da Guatemala - Pelo menos 11 pessoas morreram e mais de 12 ficaram feridas, entre elas três menores de idade, ao ser baleadas em uma loja de bebidas alcoólicas em San José Nacahuil, uma comunidade indígena situada na região central da Guatemala , informaram autoridades locais neste domingo.

A matança, segundo o ministro de Governo, Mauricio López Bonilla, foi cometida por três ou quatro atiradores, supostos membros de uma quadrilha, que chegaram à comunidade, localizada a cerca de 20 quilômetros da capital Cidade da Guatemala.

A tranquilidade da aldeia foi interrompida por volta das 23h locais de sábado (2h de Brasília deste domingo) pelos atiradores, que foram até a loja de bebidas alcoólicas e dispararam com armas de 9 milímetros contra o grupo.

López, que foi ao local do crime, explicou a jornalistas que lá não existe nenhuma delegacia da Polícia Nacional Civil (PNC) porque esta foi incendiada pelos moradores em 2007 durante um conflito social. Ele também afirmou que, devido a informações não confirmadas de que haveria um eventual ataque na aldeia, uma patrulha se dirigiu à região.

'Uma hora depois de ela ter saído, ocorreu o fato', disse López, para quem o massacre pegou as autoridades de surpresa porque os índices de criminalidade em San José Nacahuil 'são muito baixos'.

O ministro disse que, segundo as primeiras investigações, o ataque foi cometido por três ou quatro pessoas que chegaram a pé à aldeia e depois do massacre roubaram um veículo para fugir e o abandonaram a 3 quilômetros da comunidade da etnia maia kakchiquel.

O presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, foi informado sobre o caso, mas ainda não se sabe se o massacre está relacionado a extorsões ou o narcotráfico.

Durante o ataque, ficaram feridos três menores de idade que passavam pelo lugar e foram levados em estado grave a um posto de atendimento médico, disse aos jornalistas o porta-voz dos Bombeiros Voluntários, Sergio Vásquez.

Pelo menos 14 pessoas, de acordo com os serviços de socorro locais, ficaram feridas devido aos disparos.

Segundo as versões de moradores, o lugar onde aconteceu o massacre funcionava há três anos, e um de seus proprietários era Aurelio Surte, um dos que morreram.

Funcionários do Ministério Público coletaram mais de 50 cápsulas de projétil das balas disparadas pelos criminosos.

O prefeito do município de San Pedro Ayampuc, Anacleto Peinado, solicitou às autoridades a presença policial na aldeia para evitar mais casos como este.

A Guatemala é considerada um dos países mais violentos da América Latina. Entre janeiro e agosto, foram registrados 4.132 assassinatos, 5,84% a mais que os 3.904 do mesmo período do ano passado, segundo as estatísticas oficiais do Instituto Nacional de Ciências Forenses (Inacif). EFE

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