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CGU aponta uso de carros da Codevasf em campanhas

De acordo com denúncia, os adesivos que identificam os carros da estatal eram retirados nos fins de semana para que servissem a campanhas na região

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage (Antonio Cruz/ABr)

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2012 às 09h19.

Brasília - Relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU) citam o uso de veículos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) para fins eleitorais em Petrolina (PE), reduto político do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

De acordo com denúncia encaminhada ao órgão em 2009, os adesivos que identificam os carros da estatal eram retirados nos fins de semana para que servissem a campanhas na região. Os auditores cobraram investigação interna da Codevasf.

Em 2010, a CGU registrou que a companhia "não apresentou dados que comprovassem a realização de levantamento na forma acordada" pela superintendência de Petrolina. E solicitou que a auditoria interna da estatal incluísse o caso em sua programação anual de fiscalizações. Em documento de 2011, a investigação ainda constava como pendente.

Subordinada à Integração, a Codevasf foi presidida, até o último dia 12, pelo irmão de Bezerra Coelho, Clementino Coelho. Ele foi exonerado após a revelação, pelo jornal O Estado de S. Paulo, de que a pasta vinha favorecendo Pernambuco com verbas antienchente e de que parentes do ministro foram agraciados com cargos públicos.

Finalmente, em novembro de 2011, a Codevasf enviou ofício CGU explicando que, "em análise das requisições de viagens de sua frota e em verificação in loco, não restou constatado nenhum indício da prática".

Somente a estatal ligada aos Bezerra apurou o caso. Apesar dos indícios de crime eleitoral, a CGU não enviou a íntegra da denúncia ao Ministério Público para abertura de investigação. A Procuradoria da República em Petrolina informou que nenhum procedimento foi aberto.

Em nota, a Codevasf disse que as apurações foram feitas entre junho e julho de 2011 e que a irregularidade não foi constatada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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