Cessar-fogo no Líbano, diplomacia dos EUA com Israel e Hezbollah (NICOLAS TUCAT/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 17h51.
Última atualização em 4 de dezembro de 2024 às 18h21.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou nesta quarta-feira, 4, que o cessar-fogo no Líbano continua em vigor, destacando que tanto Israel quanto o grupo xiita Hezbollah “continuam a desejá-lo”. Blinken fez essa declaração após uma reunião com ministros das Relações Exteriores da Otan, em Bruxelas, onde abordou a situação no Líbano.
“O cessar-fogo está mantido e estamos usando o mecanismo que foi criado para lidar com qualquer preocupação sobre possíveis violações”, afirmou Blinken. Ele ressaltou que a razão pela qual a trégua se mantém é que ambos os lados — Israel e o Hezbollah, por meio do governo libanês — "queriam e ainda querem" o cessar-fogo.
Em entrevista coletiva, Blinken também frisou que qualquer cessar-fogo precisa de um mecanismo de verificação para garantir que ambas as partes cumpram o acordo. “Se for para ser mantido, o cessar-fogo precisa ter algo em vigor para verificar e abordar quaisquer alegações de violações”, disse o secretário.
O chefe da diplomacia dos EUA destacou que o cessar-fogo no Líbano é o resultado de uma diplomacia intensa e sustentada, com a colaboração da França. Segundo Blinken, um mecanismo de monitoramento foi estabelecido para avaliar qualquer violação do cessar-fogo. "Se houver preocupações, nós envolvemos as partes", explicou.
Este processo de monitoramento está sendo conduzido pelas autoridades libanesas, que seguem monitorando a trégua entre as Forças de Defesa de Israel e o grupo Hezbollah. Apesar das repetidas violações do cessar-fogo, que deixaram várias vítimas fatais, os bombardeios israelenses continuam a ocorrer na Faixa de Gaza.
O Líbano segue sendo um cenário de alta tensão, com as forças israelenses e o Hezbollah trocando ataques, enquanto a comunidade internacional tenta evitar uma escalada maior no conflito. O cessar-fogo, portanto, continua sendo um ponto-chave para as relações diplomáticas no Oriente Médio, exigindo esforços constantes para sua manutenção.