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Centro-direita pede que não se afirme um vencedor na eleição

Responsável de organização do Partido Democrata (PD), principal formação da coalizão de centro-esquerda, pediu que não "exaspere o clima negando a realidade"

O ex-premiê italiano Silvio Berlusconi: sua coalizão de centro-direita está em segundo lugar na Câmara dos Deputados por uma margem de 0,39 pontos (Filippo Monteforte/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2013 às 22h27.

Roma - A coalizão de centro-direita liderada pelo ex-primeiro-ministro da Itália , Silvio Berlusconi, pediu nesta segunda-feira ao Ministério do Interior que não declare um ganhador nas eleições gerais, em virtude do placar apertado em percentagem e número de votos com a centro-esquerda.

Em uma coletiva de imprensa em Roma, o ex-ministro de Justiça, Angelino Alfano, secretário político do Povo da Liberdade (PDL), partido de Berlusconi, assegurou que os resultados do Ministério do Interior que chegam quase a 100% do apurado na Itália são apenas "oficiosos" e "sujeitos inevitavelmente a uma margem de erro".

"Nestas condições, como ocorre nos Estados Unidos, a autoridade que se encarrega da divulgação dos dados oficiosos não pode fazer outra coisa que declarar o "too close to call", ou seja, a impossibilidade de declarar o vencedor considerada a diferença irrisória de votos em nível de percentagem e em termos absolutos", declarou Alfano.

Neste sentido, Alfano ressaltou que só as sedes sociais das circunscrições e o escritório central eleitoral do Tribunal Supremo "poderão calcular com certeza (...) a coalizão que obteve de forma efetiva o maior número de votos".

Esta exigência da coalizão de Berlusconi acontece quando, com quase todos os votos apurados, na Câmara dos Deputados só existam 0,39 pontos de diferença entre a percentagem de voto da centro-esquerda, vencedor com 29,56% (10.009.767 votos), e o da centro-direita, segundo com 29,17% (9.879.752 votos).

Esta questão é fundamental, pois o sistema eleitoral italiano prevê a atribuição de uma série de cadeiras extras, em conceito de prêmio por maioria, à coalizão que obtém o maior número de votos.


Este prêmio de maioria beneficia, no entanto, a centro-direita no Senado, com cenário sem maioria clara, embora com mais votos da centro-esquerda, mas onde estas cadeiras extras são repartidas região por região, sendo decisivo o resultado da populosa Lombardia (norte), habitual reduto de votos conservadores.

Perante o pedido da centro-direita, Nico Stumpo, responsável de organização do Partido Democrata (PD), principal formação da coalizão de centro-esquerda, pediu que Alfano não "exaspere o clima negando a realidade", que é que eles obtiveram mais votos na Câmara dos Deputados e no Senado.

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Roma - A coalizão de centro-direita liderada pelo ex-primeiro-ministro da Itália , Silvio Berlusconi, pediu nesta segunda-feira ao Ministério do Interior que não declare um ganhador nas eleições gerais, em virtude do placar apertado em percentagem e número de votos com a centro-esquerda.

Em uma coletiva de imprensa em Roma, o ex-ministro de Justiça, Angelino Alfano, secretário político do Povo da Liberdade (PDL), partido de Berlusconi, assegurou que os resultados do Ministério do Interior que chegam quase a 100% do apurado na Itália são apenas "oficiosos" e "sujeitos inevitavelmente a uma margem de erro".

"Nestas condições, como ocorre nos Estados Unidos, a autoridade que se encarrega da divulgação dos dados oficiosos não pode fazer outra coisa que declarar o "too close to call", ou seja, a impossibilidade de declarar o vencedor considerada a diferença irrisória de votos em nível de percentagem e em termos absolutos", declarou Alfano.

Neste sentido, Alfano ressaltou que só as sedes sociais das circunscrições e o escritório central eleitoral do Tribunal Supremo "poderão calcular com certeza (...) a coalizão que obteve de forma efetiva o maior número de votos".

Esta exigência da coalizão de Berlusconi acontece quando, com quase todos os votos apurados, na Câmara dos Deputados só existam 0,39 pontos de diferença entre a percentagem de voto da centro-esquerda, vencedor com 29,56% (10.009.767 votos), e o da centro-direita, segundo com 29,17% (9.879.752 votos).

Esta questão é fundamental, pois o sistema eleitoral italiano prevê a atribuição de uma série de cadeiras extras, em conceito de prêmio por maioria, à coalizão que obtém o maior número de votos.


Este prêmio de maioria beneficia, no entanto, a centro-direita no Senado, com cenário sem maioria clara, embora com mais votos da centro-esquerda, mas onde estas cadeiras extras são repartidas região por região, sendo decisivo o resultado da populosa Lombardia (norte), habitual reduto de votos conservadores.

Perante o pedido da centro-direita, Nico Stumpo, responsável de organização do Partido Democrata (PD), principal formação da coalizão de centro-esquerda, pediu que Alfano não "exaspere o clima negando a realidade", que é que eles obtiveram mais votos na Câmara dos Deputados e no Senado.

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